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Brasil tem déficit de US$ 4,1 bi na conta corrente

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O balanço de pagamentos registrou superávit de US$ 5,2 bilhões em maio. As transações correntes apresentaram déficit de US$ 4,1 bilhões, acumulando nos últimos 12 meses US$ 51 bilhões, equivalentes a 2,29% do PIB, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).

A balança comercial foi superavitária em US$ 3,5 bilhões. A conta financeira registrou ingressos líquidos de US$ 8,8 bilhões, com destaque para os investimentos estrangeiros diretos, US$ 4 bilhões, e para as captações líquidas de títulos privados no mercado externo, US$ 1,6 bilhão, que diminuíram 43,9% em relação a abril. A conta de serviços apresentou déficit de US$ 3,7 bilhões no mês, 46,9% acima do registrado em maio de 2010. 

As despesas líquidas com viagens internacionais totalizaram US$ 1,1 bilhão, com aumentos de 43,9% nos gastos de brasileiros no exterior e de 33,1% nos gastos de estrangeiros no País na comparação com igual mês do ano anterior. As despesas líquidas com transportes, US$ 729 milhões, e aluguel de equipamentos, US$ 1,5 bilhão, aumentaram 33,9% e 32%, respectivamente no mesmo período comparativo.

As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$ 4,2 bilhões em maio, elevação de 28,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As remessas líquidas de renda de investimento direto atingiram US$ 2,2 bilhões, aumento de 35,1%. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira totalizaram US$ 1,7 bilhão, elevação de 21,2% na mesma base de comparação, com despesas líquidas de lucros e dividendos, US$ 2 bilhões, e receitas líquidas de juros de títulos de renda fixa, US$ 314 milhões.

As transferências unilaterais correntes acumularam ingressos líquidos de US$ 307 milhões no mês, 14,1% inferiores ao resultado de maio de 2010. Os ingressos para manutenção de residentes somaram US$ 170 milhões, enquanto os envios de recursos ao exterior com a mesma finalidade alcançaram US$6 8 milhões, em ambos os casos mostrando-se estáveis em relação a maio de 2010.

Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram retornos líquidos de US$ 1,6 bilhão, compreendendo US$ 625 milhões em aplicações líquidas em participação no capital de empresas no exterior e US$ 2,3 bilhões em retornos líquidos de empréstimos intercompanhias concedidos ao exterior.

Os investimentos estrangeiros diretos somaram ingressos líquidos de US$ 4 bilhões no mês. Os ingressos líquidos em participação no capital de empresas no País atingiram US$ 2,2 bilhões, enquanto os desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhia totalizaram US$ 1,8 bilhão.Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$ 3,5 bilhões no mês, ante US$ 2,8 bilhões em abril. 

Os investimentos em ações somaram ingressos líquidos de US$ 1,7 bilhão no mês, integralmente devidos às ações negociadas no País. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País apresentaram ingressos líquidos de US$ 424 milhões, comparados a saídas líquidas de US$ 783 milhões no mês anterior.

Os bônus negociados no exterior registraram amortizações líquidas de US$ 221 milhões, incluindo US$ 40 milhões de ágios pagos em operações de recompra. As captações líquidas de notes e commercial papers somaram US$ 3,2 bilhões em maio, ante US$ 5,3 bilhões no mês anterior, enquanto as de títulos de curto prazo resultaram em amortizações líquidas de US$ 1,6 bilhão.