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Firjan: saldo positivo da balança do Rio é 65% do resultado nacional

Estado deteve 11% da corrente comercial do país no primeiro bimestre

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RIO - O Rio de Janeiro foi responsável por mais de 65% do saldo positivo da balança comercial brasileira nos dois primeiros meses do ano. Do US$ 1,6 bilhão de saldo nacional, US$ 1,1 bilhão veio da movimentação fluminense, que bateu recordes para o período com US$ 3,8 bilhões em vendas e US$ 2,8 bilhões em compras. Durante janeiro e fevereiro, o estado teve 11% da corrente de comércio nacional.

Os dados são do Boletim Rio Exporta, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

As vendas de produtos industriais no Rio cresceram de forma acelerada neste início de ano, com destaque para as indústrias Metalúrgica, Mecânica e de Produtos de Borracha. O forte crescimento da economia brasileira provocou aumento das importações, principalmente de insumos industriais, como matérias-primas, maquinário e combustíveis.

O maior destaque foi o forte crescimento (acima de 800%) nas exportações da Indústria Gráfica, por conta do fornecimento de cédulas de pesos ao governo argentino. O parque gráfico de papel moeda havia sido modernizado ano passado com importação de maquinário.

As exportações da Indústria de Borracha dobraram frente ao primeiro bimestre do ano passado, com forte expansão nas vendas de pneus com aro superior a 24 polegadas para veículos de mineração e terraplanagem, fabricados na capital do estado, e borracha de estireno-butadieno, feita na Baixada Fluminense. A indústria Extrativa Mineral cresceu 31,9%, impulsionada pelo petróleo, carro-chefe das exportações do estado.

Por outro lado, a indústria de Vestuário teve queda de 15,2% nas vendas no bimestre, abalada pelas fortes chuvas que atingiram a Região Serrana, em especial o município de Nova Friburgo, onde está o maior polo de moda íntima do Brasil. O segmento de moda íntima registrou queda de 72%.

As compras do Rio no exterior chegaram a US$ 1,7 bilhão em fevereiro, quase o dobro na comparação com o mesmo mês de 2010. Extrativa mineral, com recorde em petróleo (US$ 551 milhões)  e Química, com a retomada das compras de GNL para as usinas termelétricas e urânio enriquecido para as usinas nucleares, puxaram a alta. Com essas, 18 de 21 setores pesquisados apresentaram crescimento das importações em fevereiro.