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Visita de Dilma à China já rendeu bilhões de dólares ao Brasil

Somente a empresa Foxconn prometeu investir US$ 12 bilhões nos próximos cinco anos

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PEQUIM - Brasil e China assinaram nesta terça-feira acordos milionários para reforçar a cooperação tecnológica petroleira e aeronáutica, com destaque para a venda de 35 aviões da Embraer a empresas chinesas, durante a visita a Pequim da presidente Dilma Rousseff.

A construtora aeronáutico brasileira venderá 20 aviões do tipo E190 à empresa China Southern e outros 15 exemplares do mesmo modelo para a Hebei, informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. Os valores da compra não foram revelados oficialmente, mas fontes da delegação brasileira afirmaram que o preço médio das aeronaves é de 40 milhões de dólares.

Além disso, foi assinado um acordo com a Corporação da Indústria de Aviação Chinesa (AVIC) para a produção do Legacy 600 da Embraer no país asiático, principal parceiro comercial do Brasil.

A presidente brasileira indicou que a empresa Foxconn anunciou interesse em investir nos próximos cinco a seis anos 12 bilhões de dólares na produção de aplicativos para telefonia móvel e informática, como telas para aparelhos celulares. Dilma Rousseff explicou que um grupo de trabalho foi criado para estudar a aplicação do projeto.

A empresa de telefonia Huawei também anunciou a decisão de construir um centro de pesquisas na região de São Paulo, com investimentos de entre 300 e 400 milhões de dólares.

Ainda no campo tecnológico, os dois países se comprometeram com um intercâmbio de reitores de universidades e estudantes, assim como com o desenvolvimento no Brasil de tecnologias para o aproveitamento do bambu.

Somente no campo da tecnologia, ciência e inovação, o investimento chinês no Brasil vai superar um bilhão de dólares, segundo Pimentel.

Após uma reunião da presidente Dilma com o chefe de Estado chinês, Hu Jintao, também foram assinados contratos entre a Petrobras e as estatais chinesas Sinopec e Sinochem no campo da exploração e aproveitamento de óleos dos poços praticamente extintos.

Outros acordos incluem a cooperação nas áreas de defesa, nanotecnologia, recursos hídricos, normas fitossanitárias, tecnologia agrícola e agricultura tropical.

A China também autorizou as importações de carne de porco procedentes do Brasil, que até agora estavam proibidas sob alegação de razões fitossanitárias.

Para a presidente do Brasil, os resultados em ciência e tecnologia nesta primeira edição do diálogo entre os dois países são muito promissores.