RIO - O Estado do Rio de Janeiro vai receber no período 2011-2013 investimentos públicos e privados que somam R$ 181,4 bilhões, 70% a mais que no período 2010-2012. Do total, 75% correspondem a investimentos industriais. As conclusões são do Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) na nova edição do documento 'Decisão Rio', lançada nesta quinta-feira no evento “Rio: Developing and Attracting New Investments”, na US Chamber of Commerce, em Washington, capital americana.
O volume do investimento, comparado com a pequena dimensão territorial do estado – apenas 43,7 mil quilômetros quadrados – dá ao Rio o título de maior concentrador de investimentos em todo o mundo: mais de R$ 4,17 milhões por quilômetro quadrado.
Entre os investimentos industriais, destacam-se o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), maior obra em andamento no país, que teve seu projeto alterado para se tornar uma grande refinaria; os investimentos siderúrgicos de R$ 3,5 bilhões na construção da Siderúrgica da Ternium, dentro do Complexo Industrial do Porto do Açu; e na ampliação da usina da Gerdau já existente no estado.
Soma-se a isso a construção de dois novos estaleiros, um da Marinha Brasileira – que futuramente será responsável pela construção do primeiro submarino nuclear brasileiro – e outro da OSX, voltado para a construção de plataformas e embarcações de apoio. Os dois estaleiros irão receber, no período, R$ 6 bilhões.
Dos R$ 36 bilhões previstos para infraestrutura, quase metade – R$ 16,7 bilhões – irá para investimentos em energia, que incluem projetos como a construção da terceira usina nuclear brasileira, já em andamento, e uma usina termelétrica a carvão no Complexo Industrial do Porto do Açu de 2.100 megawatts, bem como investimentos em energia renovável. Outros R$ 3,7 bilhões serão aplicados em saneamento básico.
Nos setores de Transporte/Logística e de Desenvolvimento Urbano aparecem a continuidade da construção do Complexo Industrial do Porto do Açu, que demandará quase R$ 1,8 bilhão, a implantação de sistemas de Bus Rapid Transit (BRT) na cidade do Rio de Janeiro (R$ 2,1 bilhão) e o projeto Porto Maravilha, de revitalização da região portuária da capital (R$ 1,8 bilhão).