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Relatório de Inflação promove ajustes na curva de juros futuros

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SÃO PAULO - Os prêmios dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) operam sem tendência única, recuando no curto prazo e subindo nos vencimentos mais longos. Há pouco, o contrato de DI negociado na BM&FBovespa com vencimento em janeiro de 2012 apontava taxa anual de 12,16%, ante 12,22% da véspera. O DI de janeiro de 2013 projetava juro de 12,81%, contra 12,78% do último ajuste.

A curva de juros futuros segue repercutindo os dados do Relatório de Inflação referente a março deste ano, divulgado nesta manhã pelo Banco Central (BC). Segundo o documento, a autoridade monetária espera que a inflação medida pelo IPCA em 2011 situe-se em 5,6%, ou 0,6 ponto percentual acima da taxa prevista anteriormente. Dessa forma, a projeção supera o centro da meta estipulada pelo governo, de 4,5%. Há tolerância de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

De forma resumida, o cenário prospectivo envolve moderação da atividade econômica, balanço de riscos para a inflação que mostra certo avanço, embora as projeções de inflação para 2011 sejam menos favoráveis do que as constantes do último Relatório de Inflação.

Segundo o Departamento Econômico do Bradesco, esta visão mais benigna para a inflação prospectiva reside, por sua vez, no reconhecimento de que as decisões recentes de contenção dos gastos públicos apoiam a consolidação fiscal iniciada; as medidas macroprudenciais surtirão efeito, dizendo que “não se pode desvencilhar a estratégia de política monetária dos desenvolvimentos no âmbito macroprudencial”, e a desaceleração da atividade está em curso, sendo que a moderação da expansão de crédito será fator importante para esta desaceleração.

Os agentes avaliam ainda o resultado do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) que registrou variação de 0,62% em março deste ano, contra 1,00% em fevereiro, segundo informações divulgadas hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O dado veio abaixo das estimativas do mercado.