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Sílvio Santos: ''Estou livre. A televisão não está mais à venda''

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SÃO PAULO - Após reunião que selou a compra de suas ações no Banco PanAmericano pelo BTG Pactual, o empresário e apresentador Sílvio Santos se mostrou aliviado. Ele havia dado suas empresas como garantia a um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para sanar um rombo na financeira. "Agora, estou livre. A televisão que alguém queria comprar não está mais à venda", afirmou o empresário. "Os meus negócios são mais uma forma de diversão e emoção".

Segundo ele, com a venda não haverá prejuízos para "ninguém", inclusive os acionistas. "Estou muito feliz, porque não dei prejuízo para ninguém. Até aqueles acionistas que compraram ações do meu banco. Tenho certeza que elas vão se valorizar".

Silvio Santos disse ainda que os problemas no PanAmericano foram causados por uma administração ruim. "Foi uma má administração. Se fosse boa, não teria ocorrido o que ocorreu".

O PanAmericano anunciou em novembro que o Grupo Silvio Santos, seu controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição para restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez, após "inconsistências contábeis" apontadas pelo Banco Central (BC). Um processo administrativo de investigação apura a origem e os responsáveis pelo problema de falta de fundos.

A injeção de recursos no banco foi feita por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma entidade sem fins lucrativos que protege os correntistas, poupadores e investidores. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC - sem recursos públicos.

A holding do Grupo Silvio Santos colocou à disposição empresas como o SBT e a rede de lojas do Baú da Felicidade, entre outras, como garantia pelo empréstimo, que tem prazo de dez anos. Especializado em leasing e financiamento de carros, o PanAmericano teve 49% do capital votante vendido para a Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões. Com autorização do BC, as atividades das lojas e o atendimento ao público continuam sem problemas, segundo a instituição.