RIO - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou acréscimo de 1,6% em dezembro deste ano, na comparação com o mês anterior, ao passar de 112,7 pontos para 114,5 pontos, segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Após reduzir-se no mês anterior, o ICI voltou a subir em dezembro, atingindo o maior nível do segundo semestre, igualando-se à média do ano. A média do ICI no último trimestre de 2010 (113,7 pontos) supera a do terceiro trimestre de 2010 (113,3 pontos), mas fica abaixo do primeiro e segundo trimestres deste ano, 115,3 pontos e 115,6 pontos, respectivamente.
Dentre os componentes do indicador, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,3% em relação a novembro, passando para 116,2 pontos, o maior desde julho de 2010 (116,7).
Por sua vez, o índice de Expectativas (IE) avançou 1,9%, para 112,8 pontos, o mesmo patamar de outubro de 2010.
O indicador que avalia o grau de satisfação com o ambiente atual dos negócios, após duas quedas consecutivas, foi o que mais contribuiu para o aumento do ISA em dezembro de 2010. O resultado positivo deste quesito foi influenciado pelo movimento de redução da parcela das empresas que avaliaram a situação dos negócios como fraca, que passou de 13,0% em novembro para 4,7% em dezembro, já que a proporção de empresas que consideram a situação como boa recuou de 35,9% para 31,6%, reforçou a FGV.
As expectativas dos empresários industriais para os meses seguintes tornaram-se mais otimistas em relação ao nível de emprego, cujo indicador avançou 4,3%, ao passar para 126,0 pontos, o maior desde maio de 2010 (126,2 pontos) e acima da média do ano (123,4). Das 1.196 empresas consultadas, 31,0% prevêem ampliar o contingente de mão-de-obra no trimestre dezembro-fevereiro (contra 28,6% em novembro) e 5,7% pretendem reduzi-lo (contra 7,8%).