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PIB brasileiro vai crescer 4,5% em 2011, projeta BC

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BRASÍLIA - O Banco Central (BC) anunciou hoje que a estimativa de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2010 foi mantida em 7,3%, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado pela autoridade monetária. Já a primeira estimativa do PIB de 2011 apresentada pela autoridade é que a economia cresça 4,5%, sustentada pelo desempenho da demanda doméstica.

O crescimento da agropecuária deverá atingir 7,5%, elevando-se 1,5 ante a estimativa do último relatório, ressaltando-se o impacto do aumento de 7,8% do setor, até o terceiro trimestre.

A indústria deverá crescer 10,2%, projeção 0,8 p.p. inferior à realizada em setembro, refletindo a revisão de 11% para 9,8% para a expansão da indústria de transformação. E para o setor de serviços, projeta-se alta de 5,4%, ante 5,2%, incorporando o aumento de 2,1 p.p. na estimativa de crescimento do segmento intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos, em virtude do desempenho apresentado pelo setor até o terceiro trimestre.

A agropecuária deverá crescer 0,5% no próximo ano, evolução consistente com a perspectiva de recuo anual de 2,5% para a safra de grãos, de acordo com o prognóstico realizado pelo IBGE, com colaboração da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), compensada pela expansão nas demais culturas e na produção da pecuária, esta favorecida pela expansão do mercado e pelos preços atrativos.

Para o setor industrial, projeta-se expansão de 5,4% em 2011, com destaque para a elevação de 7,8% na indústria extrativa mineral, impulsionada, especialmente, pela ampliação da produção de petróleo. Já a indústria da construção civil deverá crescer 6,6%, favorecida pela continuidade das obras governamentais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e da continuidade de expansão do crédito imobiliário.

A produção e distribuição de eletricidade, gás e água deverá aumentar 5,2% no ano, e a indústria de transformação, 4,9%. Para o setor de serviços, a previsão é de crescimento de 4,2%, ressaltando-se as projeções de crescimento para os serviços de informação, 7,9%; transporte, armazenagem e correio, 5,2%; e comércio, 5%, os dois últimos influenciados diretamente pelo desempenho das atividades agropecuária e industrial. Entre os demais setores, ressaltem-se as projeções relacionadas a outros serviços, 4,9%; imobiliárias e aluguel, 2,3%; e administração, saúde e educação, 2,2%.

Em relação aos indicadores da demanda, projetam-se aumentos respectivos de 4,8% e 2,4% para o consumo das famílias e do governo, enquanto a formação bruta de capital fixo deverá aumentar 7,4%. A evolução da demanda interna deverá seguir refletindo a evolução favorável dos mercados de crédito e de trabalho, de forma que a sua contribuição para o crescimento do PIB em 2011 é estimada em 4,9 p.p.

As exportações e as importações de bens e serviços deverão aumentar, respectivamente, 8,3% e 11,9%, em 2011. Essa trajetória, embora implique em contribuição negativa de 0,4 p.p. do setor externo para o PIB em 2011, constitui-se em fator relevante para o equilíbrio entre oferta e demanda agregadas.