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Preço da carne pressiona inflação pelo quarto mês consecutivo

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SÃO PAULO - Em novembro, o Índice do Custo de Vida (ICV) calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi de 1,04%, com alta de 0,11 ponto percentual (pp) em relação a outubro (0,93%). O principal fator de pressão foi a Alimentação, que subiu 2,81%. Entre os produtos, o destaque foi a carne bovina que subiu, no mês, 11,01% e que em quatro meses acumula alta de 26,12%.

Além da Alimentação, a segunda maior taxa foi detectada no Transporte (0,61%). Somente os dois grupos contribuíram com 0,89 pontos percentuais no cálculo da inflação deste mês.

Nos últimos 12 meses, entre dezembro de 2009 e novembro deste ano, o ICV apresentou alta de 6,31%. Ao se considerar os diferentes estratos, as taxas anuais são maiores para as famílias de menor poder aquisitivo – ou seja, 6,95% para o estrato 1; reduzindo-se com o aumento da renda, ficando em 6,78% para o 2º estrato e em 5,94% para o 3º.

O mesmo comportamento pode ser observado para o período de janeiro a novembro, pois a inflação acumulada é de 6,23%, e as taxas por estrato apontaram variações de 7,00% para o 1º estrato; de 6,77%, para o 2º e 5,79% para o 3º.

Vale lembrar que no estrato 1 estão incluídas as famílias com renda média de R$ 377,49; o 2º engloba aquelas com rendimento médio de R$ 934,17 e no 3º, aquelas que ganham em média R$ 2.792,90 , em valores de junho de 1996.

O comportamento dos preços dos produtos in natura e semielaborados, nos últimos 12 meses, apontou forte instabilidade com origem em fatores como: problemas sazonais, questões climáticas e aumento da demanda interna e externa. Em dezembro de 2009, estes alimentos registraram deflação de -0,14%. No entanto, nos quatro meses seguintes, de janeiro a abril, apresentaram altas acentuadas acumulando, neste período, taxa de 7,40%. No quadrimestre seguinte, de maio a agosto, seus preços apontaram queda da ordem de -3,23%, vindo a subir novamente neste último trimestre, em 10,87%.

Com a contribuição destes itens, o índice geral subiu 6,31%, em um ano; a Alimentação, 10,28% e os produtos in natura e semielaborados 15,08%. Veja, no texto, a análise o comportamento dos preços de feijão, carne bovina, aves, óleo de soja e açúcar, ao longo de um ano.

(MLC - Agência IN)