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Indústria aponta problemas de expansão do setor de álcool

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Agência JB

BRASÍLIA - Os principais problemas para a expansão do setor são a falta de mão-de-obra qualificada para as lavouras mecanizadas e a competição com a gasolina, que não tem um preço de mercado, mas político, disse o diretor-técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues. Ou seja, apesar da variação do preço do petróleo, o preço da gasolina praticamente não muda para o consumidor final.

Ainda assim, segundo ele, a expectativa é que o número de unidades de produção de álcool e açúcar no País passe das atuais 325 para 412 em 2012. Segundo estudos realizados pela entidade, o potencial para plantio de cana no País pode ser ampliado em até 15 vezes sem uso de irrigação e em até 20 vezes com irrigação sem que sejam invadidas as áreas para plantio de alimentos e as reservas ambientais. O prazo para essa ampliação não foi especificado.

Por outro lado, Rodrigues lembrou que ainda não existe um mercado externo de álcool, pois só dois países são produtores e consumidores - Brasil e Estados Unidos. No entanto, disse, os demais países produtores de açúcar começam a produzir álcool, uma vez que o produto não é uma commodity.

O diretor participou de seminário sobre fontes renováveis de energia e o uso da água nas comissões de Meio Ambiente; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Minas e Energia.

No campo da energia eólica, a diretora-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abee), Ivonice Campos, pediu para o setor a implantação da segunda fase do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a redução da carga tributária, a realização de leilões periódicos relacionados a energias alternativas e o estabelecimento de um valor de referência para a venda dessa energia a concessionárias.