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Oposição faz críticas ao PAC, mas não ameaça rejeitar medidas

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REUTERS

BRASÍLIA - Lideranças da oposição fizeram duras críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) durante debate sobre o projeto nesta terça-feira no plenário da Câmara, mas não mostraram disposição de trabalhar pela rejeição do pacote.

Após exposição dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) sobre o programa, o líder da minoria, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), disse que a oposição 'não criará dificuldades' ao governo.

- Alguns dizem que a oposição quer que o programa não dê certo. Pelo contrário, esperamos que o governa cumpra seus objetivos, que o país cresça 5 por cento ao ano, 10 por cento ao ano - afirmou na tribuna.

Redecker reclamou do fato de o agronegócio não ter sido contemplado pelo programa, que disse ter considerado 'tímido', e também afirmou estar 'muito preocupado' com a 'questão estrutural da economia'.

Mais contundente, o líder do PFL, Onyx Lorenzoni (RS), disse que o PAC tem um 'viés autoritário e chavista'. Segundo ele, o programa tem inconstitucionalidades como, por exemplo, o fato de tratar de questões orçamentárias por meio de medidas provisórias.

Apesar das ressalvas, Lorenzoni também não ameaçou desaprovar o PAC.

- As críticas que faço não são para tentar inviabilizar o PAC. Todos aqui desejam que o Brasil dê certo - afirmou.

- Vamos dar segurança aos investidores, vamos construir um programa que possa, definitivamente, fazer o Brasil crescer.

Depois das intervenções das lideranças, Mantega afirmou que o PAC 'não é perfeito' e que suas lacunas podem se preenchidas com debates como o desta terça-feira. Ele rejeitou, no entanto, críticas de que o pacote tenha sido tímido. Para o ministro, o PAC foi um 'exercício de ousadia' que poderá levar o país a taxas de crescimento superiores a 4 por cento.