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'Um trauma familiar' destaca crítica sobre 'Hereditário'

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Houve um tempo em que filmes de terror eram atmosféricos e menos óbvios – porque não eram feitos apenas para adolescentes, como atualmente, não apelavam somente para efeitos sonoros baratos e nem tinham elementos jogados em cena gratuitamente. Eram tempos de clássicos assustadores, como “O bebê de Rosemary” e “O exorcista”, por exemplo. Filmes que jamais serão esquecidos por quem os vê.

O tempo dirá se este será o caso de “Hereditário”, mas já fica patente que ele está na lista de melhores filmes sobre cultos demoníacos e possessão (com um toque de DR familiar) vistos recentemente –“A bruxa’” é seu mais direto competidor. Portanto, ele não vai agradar a plateias afeitas ao susto barato. O diretor estreante, Ari Aster, ignora o óbvio. A construção de sua trama é mais importante – e, por isso, impactante.

A escolha do elenco foi precisa: Gabriel Byrne está perfeito como um cético que se recusa a acreditar nas teorias sobrenaturais de sua mulher (feita por Toni Collette, talvez em sua melhor interpretação, digna de prêmio), quando o casal perde a filha em um acidente bizarro. Daí em diante, vamos percebendo que nada é o que aparenta ser. Perturbador.

* Jornalista e colunista do Caderno B

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HEREDITÁRIO: *** (Bom)

Cotaçõeso Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom

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