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'A originalidade entrou em extinção' destaca crítica sobre 'Jurassic World: Reino ameaçado'

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Respeitado pelo terror “O orfanato” (2007), o catalão J. A. (Juan Antonio Bayona) impôs seu nome como grife aos filmes do gênero – seja o cinema-catástrofe, em “O Impossível”; seja a fantasia, com “Sete minutos depois da meia-noite” – por um diferencial: sua habilidade de dirigir crianças e explorar angústias infantis. Há um cheiro disso em “Jurassic World: Reino ameaçado”, nas figuras mirins que cruzam com os heróis Owen Grady e Claire, mas é uma fragrância que desmancha no ar, com a mesma fluidez com que a assinatura autoral do cineasta aparece e se desfaz diante de uma estrutura viciada.

O que interessa no quinto filme da franquia criada em 1993 por Spielberg são os feitos de Claire, vivida com apatia por Bryce Dallas Howard, e, sobretudo, de Owen, defendido com maestria por Chris Pratt. Tudo aqui se afoga na repetição de soluções da série. Desperdiça-se até a premissa sombria de um leilão de dinossauros em paralelo ao fim da ilha deles, determinado por uma erupção. A maioria das cópias do filme por aqui terá versão dublada – coube aos ótimos Sylvia Salustti e Raphael Rossatto serem os dubladores de Bryce e Pratt. 

*Roteirista e presidente da ACCRJ

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JURASSIC WORLD: REINO AMEAÇADO: ** (Regular)

Cotaçõeso Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom

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