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Vitória do samba: com atuação bem superior à de Neymar, Zeca Pagodinho empolga torcida

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Se a seleção não jogou por música, como dizia o velho ditado, a música não deixou faltar empolgação nos eventos preparados pela cidade para assistir à estreia do Brasil na Copa do Mundo. De concorridas festas pagas em pontos como Morro da Urca e Marina da Glória a programações gratuitas em lonas culturais, os cariocas não deixaram o empate de 1 a 1 com a Suíça estragar o clima festivo de shows e rodas de samba, além das transmissões ao vivo nos bares.

No La Fiorentina, no Leme, Lenita Vasconcelos, 84; e Dercimar Senra, 83, se empolgaram quando, aos 18 minutos do 1º tempo, Philippe Coutinho abriu o placar para o Brasil. “Estaremos sempre aqui juntas, em todos os jogos do Brasil na Copa”, afirmou a empresária aposentada Dercimar, filha da comediante Dercy Gonçalves (1907-2008).

Já no maior local da cidade com evento gratuito para os jogos, teve até “invasora” torcendo pelo adversário. Professora primária de férias pelo Rio de Janeiro, a suíça Miriam Vogelin, 30, arriscou, antes da partida, um placar de 2 a 1 para seu país, na Arena Nº1, montada com palco e telão na Praça Mauá, com show dos cantores Iza e Buchecha mandando funk e afins no palco em frente à Baía de Guanabara.

“Shaquiri e Xhaka vão marcar, contra um de Neymar”, disse, em inglês, ao JB, a otimista suíça, que errou o resultado – Zuber fez o gol deles –, mas ficou satisfeita com o empate contra os favoritos. Rivalidades à parte, a professora suíça se integrou bem em um grupo de brasileiros, que apostava em palpites contrários, especialmente após o Brasil sair na frente. 

Pelo dali, no Aterro, ter levado o empate depois de abrir o placar não desanimou os brasileiros que encheram a Marina da Glória para o Torcida Brasil, evento que, além da transmissão do jogo, teve três shows. Atração principal, Zeca Pagodinho não deixou a bola baixar, em meio a sucessos como “Faixa amarela”, “Judia de mim” e “Verdade”.

Sobre a partida, as amigas Ana Torres, 43; e Amanda Coimbra, 31, foram até bem positivas em sua resenha pós-jogo. “O começo de Copa é bem complicado e o jogo era difícil, mas a seleção vai progredindo aos poucos. É como o Zeca diz na música... ‘é devagar, é devagar, é devagar, é devagar, devagarinho’”, improvisou a gerente de projetos Amanda, chutando para fora, entretanto, em sua referência musical – composto por Eraldo Divagar, o samba citado por ela foi gravado não pelo Pagodinho, mas por Martinho da Vila.