Em 2004, o inesquecível “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, de Michel Gondry, apresentava uma gerigonça que possibilitava o esquecimento de quem te fez sofrer. A memória do amor volta a ser explorada em “Talvez uma história de amor”, de Rodrigo Bernardo. Virgílio (Mateus Solano) recebe uma mensagem na secretária eletrônica. Na gravação, Clara diz que está terminando o relacionamento. Mas Virgílio não se lembra dela.
Cheio de manias e com um estilo vintage, cultivando discos de vinil, Virgílio procura sua terapeuta para tentar descobrir porque não consegue se lembrar de Clara, talvez, o amor da vida dele. O rapaz começa a juntar pedaços da memória em conversas com amigos do casal. Alguns encontros pouco acrescentam e há uma quebra no ritmo.
De São Paulo, o filme vai para Nova York. O ponto principal é o alto do edifício Empire State com referências a “Tarde demais para esquecer” e “Sintonia do amor”. A participação especial de Cynthia Nixon se reforça pelos romances que estrelou na cidade com a série “Sex and the City”. Mas é Mateus Solano, brilhante como o metódico Virgílio, que faz o filme ficar na memória.
*Membro da ACCRJ
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TALVEZ UMA HISTÓRIA DE AMOR: ** (Regular)
Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom
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