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Crítica: Rio Mumbai

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O estudo da “Proporção áurea” pode ser aplicado em todas as coisas da natureza. A partir da Matemática e da Física, a “proporção divina” é detectada nas formas espirais das impressões digitais, conchas, caracóis, ossos, flores. A espiral é uma representação do mistério da vida e mexe com nosso inconsciente. 

Em “Rio Mumbai”, escrito, dirigido e estrelado por Pedro Sodré (divide a direção com Gabriel Mellin), a simbologia da espiral passa por esse viés de projeções e viagens no tempo. Nelson (Pedro Sodré), um jornalista desiludido, tem estranhas visões. Um velho amigo cientista (Bruce Gomlevsky), que mora em seu prédio, tenta convencê-lo de que os acontecimentos estão ligados a um estudo desenvolvido por ele sobre essas viagens. Através de um diário, Maria (Clara Choveaux) mulher de Nelson, tem revelações sobre acontecimentos além do tempo presente. 

Filmado na Índia e no Rio de Janeiro, “Rio Mumbai”, sofre com uma dramaturgia rasa e atuações que não convencem. A viagem extrassensorial, que inclui um guru caricato, é empobrecida pela superficialidade na construção do relacionamento de Maria e Nelson e na conexão entre o jornalista e o cientista, sem força de propósito. (A.R.)

Cotação: * (Ruim)