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‘Círculo de fogo: A revolta’ quer destronar ‘Pantera Negra’

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LOS ANGELES (EUA) - O diretor mexicano Guillermo del Toro, que acaba de ser coroado no Oscar com “A forma da água”, volta às telas, desta vez com a sequência do blockbuster “Círculo de fogo”, que acaba de entrar no circuito brasileiro. Del Toro, que dirigiu o primeiro , desta vez deixa a câmera para Steven S. DeKnight (“Spartacus”, “Smallville”) e atua como coprodutor de “Círculo de Fogo: A revolta”.

Obra literalmente “mais estrondosa” do que seu romance premiado com o Oscar sobre a relação de uma mulher muda com uma criatura reptiliana, tem como objetivo arrecadar US$ 22 milhões nas bilheterias americanas. Este segundo opus não deve arrecadar tanto quanto o primeiro (mais de 100 milhões de dólares na América do Norte e mais de 400 no mundo), mas poderia, no entanto, acabar com o reinado de “Pantera Negra”, que segue liderando as bilheterias depois de mais de cinco semanas.

O filme acontece dez anos depois que o primeiro “Círculo de fogo” e acompanha uma geração de novos pilotos dos gigantes “Jaeger”, “mecanoides militares” - a não confundir com robôs comuns - que enfrentam os enormes monstros Kaiju determinados a aniquilar a humanidade.  As primeiras críticas foram mornas. O San Francisco Chronicle evocou “muitos golpes, choques e condutas, puramente funcionais”. 

O filme é centrado no astro da mais recente trilogia “Star Wars”, John Boyega (que interpreta Finn), cujos fi lmes arrecadaram US$ 3,4 bilhões em todo o mundo desde seu papel em “Ataque ao prédio”, em 2011. Ele interpreta Jake Pentecost, o fi lho de Stacker (Idris Elba), que se sacrificou para salvar o mundo no primeiro filme. 

Filho de um pastor anglo-nigeriano, o ator de 26 anos, disse em entrevista recente, que seu pai havia sido sua inspiração para o papel. “Meu pai é um grande fã de Bruce Willis. Eles perderam o cabelo ao mesmo tempo”, brincou o londrino, em entrevista no Channel 7. “Ele é carismático. Para pregar, você tem que cativar seu público (...) Eu não me sinto em casa em uma igreja, mas sim em filmes e no palco”. 

Boyega, que é coprodutor como Del Toro, também apreciou particularmente esta dupla missão. “Os produtores são uma espécie de anjo da guarda em um set, cada um foi designado por sua contribuição criativa específica. Foi divertido interpretar e, depois, ir para trás das câmeras tentar decidir algumas coisas”, explica John Boyega.

Isca para chineses - Quando a principal produtora do filme, Legendary, foi vendida para o chinês Dalian Wanda Group por US$ 3,5 bilhões, os comentaristas previram que a sequência seria saturada de atores, locações de filmagens e diálogos chineses, em vista do segundo mercado mundial do cinema.

Eles estavam certos, grandes partes do roteiro são de fato em mandarim e muitas cenas acontecem em Xangai, na província de Shandong ou em Hong Kong. “’Círculo de Fogo: A Revolta’ deve ser a maior produção destinada a atrair o público chinês que eu vi até agora”, diz Emily Yoshida, do site Abutre. 

“Parecia natural situar uma grande parte da ação na China, uma vez que o filme fala da defesa do Pan-Pacífi co e que a China é um ator tão importante em todo o Pacífico”, justificou Steven DeKnight em entrevista ao Global Times. Os papéis coadjuvantes, liderados pelo filho de Clint Eastwood, Scott (“Snowen”, “Esquadrão Suicida”), incluem sete atores chineses, entre eles a estrela em ascensão Jing Tian (“Kong: A Ilha da Caveira”).