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Espanha cumpre ordem judicial e retira obras de museu catalão

Incidentes entre catalães e polícia foram registrados em Lérida

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A transferência de 44 obras de arte que estavam no Museu de Lérida para a cidade de Aragão teve uma série de incidentes na madrugada desta segunda-feira (11) na Catalunha.

Cerca de 200 pessoas protestaram na frente do museu contra a decisão de transferir as "obras de Sijena" durante toda a madrugada e houve confrontos com os policiais que protegiam os agentes que entraram no museu para retirar as obras.

Em abril de 1983, as irmãs do Monastério de Sijena venderam as 44 obras religiosas, que incluem estátuas de madeira e caixas sepulcrais do século 15, para o governo da Catalunha.

A Generalitat restaurou quatro delas e as expôs no Museu de Lérida. As outras 40 estavam aguardando pela restauração. Mas, em 2015, uma decisão judicial anulou a venda das obras e determinou a devolução - cujo prazo vencia nesta segunda-feira.

No entanto, o então governo catalão nunca se mostrou favorável à devolução. Mas, como desde a fracassada tentativa de independência da região, o governo local foi dissolvido e está sob comissariamento de Madri, os espanhóis aceleraram o processo a fim de cumprir a decisão judicial.

Até por conta do clima de alta tensão que existe na Catalunha, inúmeros manifestantes acusam Madri de estar "saqueando" a cultura local.

De acordo com o jornal "El Pais", desde da década de 1970, 97 obras de arte foram enviadas pelas irmãs de Sineja para Valldoreix, em Barcelona, por conta da falta de condições para abrigar as peças no monastério.