A exposição “Fayga Ostrower e a figuração” inaugura o espaço expositivo da Casa do Choro, no Centro do Rio ed Janeiro, nesta sexta-feira (15). A mostra, que fica em cartaz até o dia 8 de dezembro, inclui concertos musicais mensais, exposição com visitação aberta diariamente e duas palestras.
As obras de Fayga Ostrowe foram produzidas entre os anos de 1940 e 1960, como as ilustrações criadas para romances literários no início da sua carreira profissional e gravuras da fase figurativa da artista, que retrata temas do realismo social, cenários e cenas populares.
Com curadoria de Gabriel Leite, as obras dialogam com uma plástica expressionista, com linguagens da abstração e do cubismo. Com delineamentos sintéticos, a artista otimiza a estrutura formal da composição com texturas, valores de tonalidades, linhas refinadas e efeitos explorados e improvisados a partir da experiência artesanal.
O impulso da obra gráfica de Fayga imprime vigor e intelecto, revelam o tino e a paixão de gravadora pelos caminhos da sensibilidade humana.
O concerto “Homenagem para Fayga” abre a mostra nesta sexta-feira (15), com direção musical de Mauricio Carrilho e apresentação do repertório musical inédito composto especialmente para as obras da artista. As obras musicadas serão projetadas durante o concerto.
O evento conta ainda com palestras com Noni Ostrower, presidente do Instituto Fayga Ostrower, e a historiadora da arte Maria Luisa Tavora.
Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, Fayga Ostrower chegou ao Rio de Janeiro na década de 1930. Cursou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas, em 1947, onde estudou xilogravura com Axl Leskoscheck e gravura em metal com Carlos Oswald, entre outros.
Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Seus trabalhos se encontram nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas. Nascida em Lodz, na Polônia em 1920, a artista faleceu no Rio de Janeiro, em 2001.