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Theatro Municipal apresenta ‘Carmina Burana’, obra de Carl Orff

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Com a participação de seus três corpos artísticos – Balé, Coro e Orquestra Sinfônica -, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresentará em junho quatro récitas de “Carmina Burana”, a famosa cantata composta nos anos 30 do século passado pelo alemão Carl Orff.

O centenário palco carioca receberá cantores líricos, músicos e bailarinos nos dias 15, 17, 18 e 20. A Orquestra Sinfônica será regida pelo maestro titular Tobias Volkmann. O Coro Infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fará participação especial. O balé terá coreografia de Rodrigo Neri, profissional dos quadros do Theatro Municipal, nobre espaço artístico vinculado à Secretaria de Estado de Cultura.

O espetáculo marcará a retomada das produções próprias da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

A presença de um coreógrafo brasileiro em uma obra clássica tão importante quanto “Carmina Burana” é enaltecida pelo diretor artístico do Theatro Municipal, André Heller-Lopes.

"Desde a primeira reunião com as diretoras do Balé do Theatro Municipal, Ana Botafogo e Cecilia Kerche, ficou claro haver uma ‘missão’ nesta minha direção artística: desenvolver coreógrafos brasileiros para balé clássico. Apesar de termos no Rio a mais importante companhia de balé clássico do Brasil, quase todos os grandes clássicos ainda dependem de coreógrafos de fora para remontar os balés. Popularizar, dar acesso à cultura feita no Theatro Municipal, é a visão que tenho trabalhado com André Lazaroni, Secretário de Estado de Cultura e presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Isso passa por dar oportunidades a nossos artistas, desenvolver a maneira nossa de fazer arte clássica. Foi uma grande sorte termos Rodrigo Negri no Balé do Theatro Municipal, pronto para o desafio de transformar a conhecidíssima ‘Carmina Burana’ em espetáculo múltiplo, envolvendo coro, orquestra e, claro, balé", observa Heller-Lopes.

Carmina Burana (latim; em português: "Canções da Beuern", sendo "Beuern" uma abreviação de Benediktbeuern) é o nome dado a um manuscrito de 254 poemas e textos dramáticos dos séculos XI, XII e XIII. São peças picantes, irreverentes e satíricas, escritas em latim medieval, com partes em médio-alto-alemão e francês antigo ou provençal.

Vinte e quatro poemas de Carmina Burana foram musicados por Carl Orff em 1936. A composição rapidamente se tornou popular. O movimento de abertura e de encerramento tem sido utilizado em filmes e eventos. A cantata estreou em junho de 1937 em Frankfurt.