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Biografia de Raúl Castro é livro mais vendido em Cuba

Livro de Frei Betto foi o sexto mais lido no país no ano passado

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Mesmo com a morte de Fidel Castro em novembro de 2016, o livro mais vendido no último ano em Cuba não foi uma biografia do líder revolucionário, mas sim uma de seu irmão: o atual presidente cubano, Raúl Castro.

A informação é do Instituto Cubano do Livro, que divulgou nesta semana à imprensa local as 10 obras mais vendidas de janeiro do ano passado até o mesmo mês de 2017 na nação latina. O primeiro lugar foi conquistado por "Raúl Castro: Un Hombre en Revolución" ("Raúl Castro: Um Homem na Revolução"), do ex-agente da KGB Njikolai S. Leonov, que foi tradutor de Fidel durante sua primeira viagem à União Soviética em 1963.

A biografia recebeu o Grande Prêmio "por ser a que, de acordo com a sua tiragem, alcançou numericamente as vendas mais significativas em menos tempo", explicou a instituição. Os demais livros da lista também receberam o Prêmio do Leitor por suas vendas terem superado 70% da sua tiragem.

Seguindo o livro sobre Raúl está o clássico do escritor britânico George Orwell "1984", que foi reeditado em janeiro do ano passado pela Editorial Arte y Literatura e que começou a ser vendido na Feira do Livro de Havana, um dos eventos mais frequentados do país. Antigamente, a obra era proibida no país. Além disso, a versão em espanhol do livro infantil "A Menina e o Elefante", do brasileiro Frei Betto, também está entre as 10 obras mais lidas no ano passado, no sexto lugar.

Já outros dois dos livros mais lidos em Cuba abordam a religião afro-cubana. O primeiro deles, que ficou com a oitava posição, é "El Caballo de la Palabra: Proverbios y Enigmas Africanos" ("o Cavalo da Palavra: Provérbios e Enigmas Africanos"), de Rogelio Martínez Furé, e o segundo, que ficou em nono, é "Echu-Elegguá: Equilibrio Dinámico de la Existencia" ("Exu-Eleguá: Equilíbrio Dinâmico da Existência"), de Adrián de Souza.