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Maria Lynch apresenta a mostra interativa "Máquina Devir"

Exposição ocupa nove ambientes com experiências sensoriais

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Para celebrar seus 15 anos de trajetória, Maria Lynch explora outras possibilidades além da pintura. A artista convida o público para uma imersão filosófica do corpo na exposição “Máquina Devir”, com abertura no dia 14 de janeiro no Oi Futuro em Ipanema. A mostra, com idealização da R&L Produtores Associados, ocupará 9 ambientes do prédio, além da vitrine no térreo, onde Maria exibirá uma instalação de bolas com trilha sonora de Rodrigo Amarante (recém apresentada em Los Angeles, na galeria Wilding Cran). A partir do conceito de imanência, a artista oferece um percurso imersivo em situações e vivências que visam desconstruir modelos de representação. Durante o trajeto, atores fantasiados, dançarinos, múltiplos cheiros e outros estímulos sensoriais conduzirão a atmosfera perceptiva do espectador. As salas serão intituladas com nomes como “Roupagem”, “Mito”, “Memória/Desejo”, “O que você mais gosta de fazer?” e “Coragem”.

Num dos ambientes, duas pessoas, uma vestida de palhaço e outra de gorila, citarão textos e passagens de filósofos como Deleuze, Espinosa e Nietzsche. Em outro espaço, os participantes, vendados, receberão uma série de materiais para experimentar. “Nessa sala a ideia é explorar os sentidos do participante. Não haverá câmeras”, explica a artista.

Maria Lynch acredita que, a partir dos jogos de sensações e dos exercícios propostos, abre-se um espaço para a instabilidade.  “Procuro evidenciar que somos passíveis de criar uma nova maneira de pensar e sentir, resistindo aos valores consolidados e estabelecidos. Como diria Espinosa, ‘o homem só é livre somente quando entra na posse da sua potência de agir’”, cita. 

A mostra tem patrocínio do Governo do Rio de Janeiro, da Secretaria do Estado de Cultura e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro