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Câmara de Comércio França Brasil lança Centro de Mediação em setembro

Os ministros Joaquim Barbosa e Ellen Gracie farão parte do grupo de mediadores

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A Câmara de Comércio França-Brasil do Rio de Janeiro lança, no dia 28 de setembro, o Centro de Mediação, na Maison de France, no Centro. O evento será fechado para convidados e contará com um workshop do advogado Siqueira Castro. 

Em cooperação com reconhecidas instituições do setor, como o renomado Centre de Médiation et d’Arbitrage de Paris (CMAP), o Centro de Mediação da Câmara de Comércio França-Brasil (CM-CCFB) foi criado para atuar na gestão de conflitos empresariais e oferecer, no Brasil, serviços e formação profissional no segmento, a partir da bem-sucedida experiência francesa. A França foi um dos primeiros países europeus a reconhecer oficialmente a mediação como um procedimento para a solução consensual de litígios, com a edição da Lei nº 125 de 8 de fevereiro de 1995, mesmo ano de fundação do CMAP, instituição parceira e referência europeia na área de serviços de Mediação e Arbitragem.

“Pretendemos tornar o Centro de Mediação da CCFB referência no suporte à resolução de conflitos, através de uma equipe bem preparada e parceiros consolidados no setor. Com tantos inputs e networking em nossas mãos, temos artilharia para conquistar destaque no mercado corporativo”, afirma a presidente da CCFB-RJ, Claudine Bichara.

O CM-CCFB irá chancelar mediadores externos e ainda aproveitar os talentos formados nos cursos que serão oferecidos no Rio de Janeiro no próximo ano. “O objetivo é formar profissionais eficazes na arte de mediar conflitos e contribuir para a redução da quantidade dos processos que existem, hoje, no Judiciário. Assim, também haverá redução dos custos para as empresas envolvidas já que podem, inclusive, dividir os gastos previstos no acordo”, diz Claudine.

Entre os destaques do CM-CCFB, a participação dos ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministros Joaquim Barbosa e Ellen Gracie, no grupo de mediadores. Eles irão contribuir para o aumento da adesão da Mediação no Brasil e para o desenvolvimento da modalidade como método eficaz de solução consensual de conflitos.

Outro ponto atrativo para as empresas é a oportunidade de preservar suas relações comerciais e até gerar novos negócios, lembra Carlos Roberto Siqueira Castro, doutor em Direito Público e Mediador formado pelo CMAP e presidente do CM-CCFB. “A mediação propõe-se a resgatar a comunicação entre os envolvidos. No cenário corporativo, isso faz com que as empresas em conflito possam restabelecer contato, possibilitando a geração de novos negócios entre elas. O Centro encarrega-se de contatar as partes e fornecer todo suporte para sustentação desse cenário, de modo que as relações comerciais possam ser mantidas de forma satisfatória”, explica.

De acordo com dados do Ministério da Justiça, o Brasil precisará de mais de 17 mil mediadores para solucionar, a partir deste ano, milhões de casos que atualmente levam até 10 anos para serem resolvidos no Judiciário brasileiro. Na França, onde o mercado está consolidado, um mediador recebe, em média, 400 euros por hora de trabalho, sendo que aproximadamente 70% dos processos mediados são resolvidos em apenas três sessões de nove horas no total, poupando tempo e desgastes financeiros, principalmente no setor corporativo. “Hoje, somente na França existem cerca de cinco mil mediadores em atividade”, observa Claudine.

Apoiado no sucesso da experiência francesa, na expertise de parceiros e de seu corpo técnico altamente qualificado, o CM-CCFB busca colaborar para o fortalecimento da mediação como um instrumento eficaz na solução de conflitos, geração de benefícios mútuos e manutenção de relações comerciais duradouras e satisfatórias.