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Morre, aos 77 anos, o diretor e produtor Luis Carlos Miele

Corpo será velado na Câmara de Vereadores. Sepultamento é no Cemitério do Caju

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Morreu nesta quarta-feira (14), em sua casa, na Gávea, no Rio de Janeiro, o produtor, cantor, ator e humorista Luís Carlos Miele, aos 77 anos, vítima de um ataque cardíaco. O corpo será sepultado nesta quinta-feira (15), no Cemitério do Caju, Zona Portuária do Rio. O velório acontece a partir das 7h desta quinta na Câmara de Vereadores.

Miele começou a trabalhar aos 12 anos como radio-ator em uma emissora de rádio em São Vicente (SP), passou pelas rádios Excelsior, Tupi e Nacional, trabalhando ao lado de Regis Cardoso e Walter Avancini.

Em 1959, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Ronaldo Bôscoli, com quem formou uma dupla no Beco das Garrafas. Foi responsável pela produção de show de inúmeros artistas, de Elis Regina, passando por Dorival Caymmi, Wilson Simonal, Milton Nascimento, Sergio Mendes, Alcione, Angela Maria, de artistas da Bossa Nova até Roberto Carlos.

Na televisão, dirigiu e produziu os programas musicais "Noite de Gala" e "Cara & Coroa" (com Caymmi e Silvia Telles), "Dois no Balanço" (de jazz e bossa nova), "Se meu apartamento falasse" (com Cyl Farney e Odete Lara), "Rio Rei", "Os 7 Pecados" (com Fernando Barbosa Lima) e "Musical em Bossa 9", na TV Excelsior, "O Fino da Bossa", "Show em Simonal" e "Elis Especial", na TV Record, "Alô Dolly", "Dick & Betty 17" (com Dick Farney e Betty Faria), "Fantástico" (direção musical), "Elis Especial", "Praça da Alegria", "Sandra & Miele", "Cem anos de espetáculo", "Viva Marília" e "Batalha dos Astros", além de festivais de música, na TV Globo. Na Tupi, Miele foi responsável pelos programas "Um homem - uma mulher" (com Tuca), "Cassio Muniz Show" (criação dos comerciais) e "Programa Flávio Cavalcanti" (musicais essenciais); na Manchete ele esteve à frente de "Miele & Cia" e "Ele & Ela" (com Leila Richers); "Coquetel", no SBT, e "Escolinha do Barulho", na TV Record.

Miele era considerado um showman no meio artístico, em decorrência de sua versatilidade como crooner, contador de histórias, humorista, diretor, produtor, ator e empresário. O produtor musical João Marcelo Bôscoli o caracterizava como um "homem renascentista" pelo talento em diferentes áreas e pela sua quase onipresença na produção cultural brasileira dos últimos 50 anos.