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Ricardo Ventura abre a individual 'Atlas' no Paço Imperial

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O Paço Imperial inaugura quinta-feira, dia 2 de julho, às 18h30, a exposição Atlas, de Ricardo Ventura. A mostra, sob a curadoria de Marcelo Campos, apresenta 19 trabalhos escultóricos e uma instalação, todos realizados nos últimos 15 anos de produção do artista.

As obras tridimensionais de Ventura transitam entre a rigidez da madeira e a fragilidade do vidro. Grandes trabalhos de madeira ocupam o espaço expositivo, ânforas de cobre e vidro espelhado ficam dispostas nas paredes ao lado de trabalhos de formas longilíneas e orgânicas que se estendem até o chão. Inspirado em volutas barrocas, coruchéus, geometrismos islâmicos e outros ornamentos, o artista tem a arquitetura como referência formal de seu trabalho.

"A arquitetura influenciou de maneira marcante meu pensamento escultórico. A pesquisa de técnicas tradicionais de construção me levou a estudar a utilização da madeira e do barro. A necessidade de utilizar ferramentas para manipular o barro com maior precisão me levou a confeccionar instrumentos específicos, ou seja, formas que se adequassem ao meu corpo, formas que são sua extensão e prolongamento. Com o decorrer do tempo estas ferramentas perderam gradativamente sua funcionalidade, tornando-se o próprio trabalho: utensílios que amplificam ressonâncias, ânforas maciças que contém lembranças do corpo, objetos impregnados de impulsos religiosos e eróticos, formas que remetem a fragmentos existentes no mundo, fragmentos multiculturais justapostos", declara o artista.

"Nesta exposição, temos uma seleção de trabalhos de Ventura em distintas materialidades, além de obras inéditas. Mais ligado às possibilidades da matéria e ao uso das ferramentas do que, propriamente, a construções narrativas, Ricardo Ventura é um artista nucleado nas atividades do ateliê. Sim, mais do que afeito a condições conceituais em rastilhos rápidos, deixando o truque sobrevir ao trabalho, Ventura se dedica em tempo alongado ao que pode ser retirado do contato entre materiais, técnicas, ferramentas. Porém, como resultado, temos uma construção inquietante que se acumula ou se individualiza sobre as mesas, escorre pelas paredes, pende dos tetos, alcança, agora, a mata. Assim, o trabalho de Ventura mostra-se próximo ao que interessa às pesquisas da performance, da arte que busca na natureza seus materiais e, com isso, podemos, abrir aspas, a partir da imagem de Atlas, para pronunciar dois nomes próprios, singulares, iniciados em maiúscula: 'Corpo' e 'Terra'", explica Marcelo Campos.

Ricardo Ventura | Atlas

Curadoria: Marcelo Campos

Abertura: quinta-feira, 2 de julho, às 18h30

Exposição: 3 de julho a 13 de setembro de 2015

De terça a domingo, das 12 às 18h

Grátis | Livre para todos os públicos

Praça XV de Novembro, 48 Centro - Rio de Janeiro

( 21 2220-2991

www.pacoimperial.com.br