ASSINE
search button

Cortázar teria morrido de Aids e não de câncer

Compartilhar

O escritor argentino Julio Cortázar, cuja morte completa 30 anos hoje, dia 12, "faleceu de Aids e não de câncer ou leucemia, como se especula", disse a escritora e jornalista uruguaia Cristina Peri Rossi.

Em entrevista ao jornal argentino "Clarín", ela explicou que o argentino contraiu a doença quando precisou de uma transfusão de sangue, após sofrer uma hemorragia estomacal quando vivia no sul da França, em 1981. "Depois ficaram sabendo, em meio a um grande escândalo, que o sangue estava contaminado".    

"Ele contagiou com a doença a sua querida esposa, Carol Dunlop. Ela morreu primeiro, dois anos antes de Julio, ainda que fosse muitíssimo mais jovem", apontou.    

De acordo com a uruguaia, que conheceu o escritor, com quem chegou a se envolver sentimentalmente, na Espanha em 1973, a esposa de Cortázar morreu de um vírus até então desconhecido, que "provocou a perda de defesas imunológicas e a aparição de infecções oportunistas".    

Peri Rossi ainda recordou que nunca houve um diagnóstico de câncer e que a enfermidade de Cortázar "não tinha uma denominação específica", sendo chamada apenas de "perda de defesas imunológicas".