O Conexão Rio chega ao Circo Voador para a sua temporada de encerramento: uma amostra da diversidade da música brasileira e da potência dos encontros singulares entre artistas de vários Estados e gerações em shows acessíveis nos dias 15, 16 e 17 de agosto.
Depois de ocupar a cidade, de ponta a ponta, por 30 dias, com uma rica programação instrumental, que envolveu mais de 50 artistas, o Conexão Rio chega a sua reta final: serão três dias de evento, agora com a participação de mais de 30 artistas brasileiros de todos os gêneros e o encontro de festas famosas, e seus DJs, de vários cantos do Brasil para celebrar a primeira e temporada em solo carioca. Os ingressos custam R$ 10 (preço único) para quem chegar entre 20h e 21h, com direito a brindes (CDs e DVDs). Após as 21h todo mundo paga meia (R$ 30) levando 1 kg de alimento, o flyer do festival ou carteira de estudante e terceira idade. Quem quiser pode adquirir o Passaporte Resistência válido para os três dias (entrada a qualquer horário) por R$ 60. Para os que querem somente a balada final, podem pagar R$ 10 para entrar no Circo após as 2h e pegar ainda o finalzinho do último show e cair na balada.
Três noites, mais de trinta encontros
O Festival, que ocupará dois palcos no Circo Voador, abre os portões às 20h e o primeiro show começa às 20h30 do dia 15, com o artista Momo no Palco Rio, que acaba de lançar Cadafalso, seu álbum em violão e voz. A noite prossegue com show inédito do Som Imaginário. O Festival marca a retomada da emblemática banda instrumental dos anos 70, que possui uma constelação em sua formação: Wagner Tiso, Nivaldo Ornelas, Robertinho Silva, Tavito, Luiz Alves e o novo integrante Victor Biglione. O Som Imaginário é a primeira a se apresentar no Palco Conexão, no que promete ser um momento histórico.
Os paraenses do Projeto Secreto Macacos convidam o conterrâneo Maestro Fera Groove para um som instrumental que vai do rock, passando pelo experimental ao jazz. Em seguida o descolado Transmissor, quinteto de Minas Gerais, convida Maglore da Bahia para um bem bolado de pop rock contemporâneo.
A noite prossegue animada com Carlos Malta & Pife Muderno (RJ) convidando Lenine (PE) no Palco Conexão. Na sequência, os tambores do Ilê Aiyê se unem ao groove de Bnegão. Cabe a Tulipa Ruiz encerrar, gloriosa, o primeiro dia de festival com o repertório dos seus dois incensados discos: Efêmera e Tudo Tanto. A balada começa em seguida com o Quarteirão Eletrônico (MG) convidando Morro Eletrônico e Vinil é Arte (RJ).
A noite de sexta dá continuidade aos encontros de sonoridades brasileiras. Direto da Paraíba, o rock pauleira do Zefirina Bomba abre a noite do Palco Rio, seguido dos paraenses do Strobo que convidam a cantora Luê, também do Pará.
A música não pára. E o cantor e percussionista baiano Peu Meurray, com seus instrumentos feitos de pneus reciclados, convida Davi Moraes para o Palco Conexão. O paulistano Pélico (SP) é atração no Palco Rio. Em um encontro de mineiras, Fernanda Takai, com uma banda formada por mulheres, convida Roberta Campos no Palco Conexão. Otto com banda completa invade a madrugada no mesmo palco e a Orquestra Voadora arremata a noite e põe pra dançar quem ainda estiver chegando para a balada das Festas Baile Esquema Novo (BA), uma das mais concorridas do nordeste, com a presença do DJ Mam (RJ) e sua festa Ser Chique é Ter Sotaque Carregado.
O último dia do festival, sábado, leva ao público os garotos da banda instrumental mineira Red Felps com a canja de Aurelio Penna. No Palco Rio, rola a eliminatória carioca do Duelo de Mc’s Nacional, um duelo com os melhores MC´s do Rio que vai escolher o representante do estado para disputar a final do campeonato nacional em Belo Horizonte.
A destacada banda mineira Graveola e o Lixo Polifônico, que estará chegando de sua terceira turnê europeia, convida o carioca Thiago Amud. Depois do sucesso na primeira etapa do CONEXÃO RIO, quando fez duas apresentações lotadas na Cúpula do Planetário, Leo Gandelman sobe ao palco do Circo acompanhado do seu quinteto e convida Serginho Trombone e Maíra Freitas.
Do Pará, a diva Dona Onete convida China e faz a ponte com Pernambuco em palcos cariocas. Marcelo Jeneci faz sua última apresentação em terras cariocas despedindo-se do disco Feito Pra Acabar, seguido de João Brasil no seu live PA. Com suas misturas de música brasileira, afro, norte-americana, da bossa nova ao tecnobrega, do rock ao baile funk, da música eletrônica ao carimbó, João Brasil faz colagens divertidas, remixes e produções originais pra qualquer um sacolejar emendando com a Festa Santo Forte, do DJ Tutu Moraes, um dos mais badalados de São Paulo, ao lado dos Djs mineiros Thiagão, Fael, JJBZ e Yuga da igualmente bombada festa Sexta Básica.