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Cia Teatro Independente reestreia 'Cucaracha' no Rio, no Gláucio Gil

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Sucesso de público e crítica com os espetáculos Cachorro! (indicado ao Prêmio Shell de Melhor Direção) e Rebú (indicado ao Prêmio APCA de Melhor Autor), a companhia Teatro Independente reestreia dia 10 de julho no Rio, no Teatro Gláucio Gill sua nova peça, CucarachaMais uma a coroar a fértil trajetória da companhia, que encena, a exemplo dos espetáculos anteriores, texto inédito do premiado dramaturgo Jô Bilac. Em cena, Júlia Marini e Carolina Pismel vivem a relação ora cômica, ora delicada, entre uma paciente e a enfermeira que a acompanha durante os anos de internação hospitalar. 

Sob a direção de Vinícius Arneiro, que também esteve à frente das outras duas peças, em parceria com o dramaturgo e integrante Jô Bilac, Cucaracha transita entre o humor e o drama para investigar a relação construída a partir dos anos de convivência entre as personagens, partindo de temas como liberdade, solidão, afeto, tempo real e transitório. Uma fabulação do encontro regido pelo acaso (ou destino?), que relativiza em cada uma das personagens a noção de tempo e espera.

O Teatro Independente é formado pelos artistas, Carolina Pismel, Jô Bilac, Júlia Marini, Paulo Verlings e Vinícius Arneiro. Cucaracha tem cenografia assinada por Aurora dos Campos, figurinos de Thanara Schönardie, iluminação de Paulo César Medeiros e desenho de som de Daniel Belquer. A composição do cenário parte da poética do encontro entre as personagens para pensar o espaço que as converge como lugar incompleto, como num sonho ou a memória rarefeita de quarto de hospital.

O desenho de som trabalha em fina sintonia com a direção, tornando-se um forte elemento narrativo. Numa encenação que potencializa o detalhe, a fronteira entre o ruído e a música é atenuada, assim como o real e o imaginário são entrelaçados na peça. 

Com som espacializado, saindo de pontos diferentes, foram criados eixos de tensão para a dramaturgia sonora: quatro caixas introjetadas no cenário se somam ao conceito da cenografia, trazendo sons variados (da TV do quarto de hospital, das máquinas de sobrevivência, da porta que revela o mundo exterior), todo o som, música ou ruído emanam da cena. 

Os figurinos buscam uma representação do ponto de encontro entre os opostos vida e morte, liberdade e aprisionamento. A personagem Mirrage (a enfermeira) usa seu uniforme de trabalho nas mesmas cores do cenário, sem interferência pessoal alguma, engessada à aridez da rotina, apesar das plenas possibilidades oferecidas pela vida que flui em seu corpo. Já a veste hospitalar de Vilma (a paciente) representa a vida interior aprisionada em um corpo quase morto. 

As nuances translúcidas revelam a memória, o inconsciente, o tempo interior, as emoções de uma mulher ao avesso, que consegue extrair vida e liberdade do universo de sentidos internos. 

Ficha Técnica

Texto: Jô Bilac. 

Direção: Vinícius Arneiro. 

 Elenco: Carolina Pismel e Júlia Marini. 

 Música e Som Cênico: Daniel Belquer. 

 Iluminação: Paulo César Medeiros. 

 Cenografia: Aurora dos Campos. 

 Figurinos: Thanara Schönardie. 

 Voz do Auto-Falante: Paulo Verlings. 

 Designer Gráfico: Diogo Liberano. 

 Produção Executiva: Daniele Carvalho. 

 Direção de Produção e Realização: Teatro Independente. 

Serviço 

Cucaracha

Local: Teatro Gláucio Gill.

Endereço: Praça Cardeal Arcoverde - Copacabana, Rio de Janeiro. Horário: 21 horas.

Ingressos: R$ 20,00 / Meia-entrada: 10,00.

Em cartaz: De 10 de Julho à 22 de Agosto de 2013 (às quartas e quintas-feiras).

Lotação: 152 lugares.

Gênero: Drama Cômico.