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Gordon Levitt  fala do  seu primeiro longa metragem

O renomado ator tem estreia auspiciosa dirigindo 'Don Jon’s Addiction'

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Ator renomado, com uma carreira de 61 trabalhos em filmes como O cavaleiro das trevas ressurge, A origem, Lincoln, Joseph Gordon Levitt tem agora uma estreia auspiciosa como diretor em Don Jon’s Addiction.   

Vindo do último Sundance, onde foi lançado na Premiere, o filme teve uma ótima receptividade na Panorama da Berlinale, numa  sessão prévia para a imprensa. 

Don Jon’s Addiction segue um Don Juan, adaptado para os dias de hoje em sua busca para se tornar uma pessoa melhor. 

A história segue Jon Martello, que entre as muitas coisas importantes de sua vida – seu apartamento, seu carro, sua família e sua igreja – prioriza as mulheres. Ele é chamado de Don Jon justamente por causa de sua habilidade em conseguir conquistar muitas mulheres a cada final de semana. Nas horas vagas, fica sozinho em frente do computador vendo cenas pornográficas. 

Mas nada disso o faz feliz.  Quando resolve buscar uma vida sexual mais gratificante, termina por aprender grandes lições de vida e amor através do relacionamento com duas mulheres muito diferentes. 

Além de engraçado e sincero, o filme traz uma história bastante autêntica e expõe muitos estereótipos de Nova Jersey,  através da mistura de personagens complexos. 

A química de Gordon Levitt com Scarlett Johansson e Julianne Moore inunda a tela de emoção e marca a estreia promissora de um diretor que já tinha um enorme talento como ator.      Estão também no elenco Tony Danza, Glenne Headly e Rob Brown. 

O filme não é o único aqui na Berlinale centrado na temática sexual – Lovelace, de Rob Epsteins e Jeffrey Friedman sobre o clássico pornô Garganta Profunda,  por exemplo, é um deles –  mas para Gordon Levitt, como  disse na coletiva após a projeção, Don Jon’s Addiction, é muito mais que isso. Leia os principais trechos:

Por que decidiu fazer um filme centrado em pornografia?

“Eu não pretendia levantar um debate sobre o assunto e realmente não estava  focado em pornografia ou no vício em pornografia. Funcionou, para mim, mais como uma metáfora. O filme reflete muito o que acontece na sociedade contemporânea”. 

Qual foi a gênese então do projeto

“Eu queria contar uma espécie de história de amor e o que me dei conta é que –  quando diz respeito ao sexo – as pessoas tornam as outras objeto  de consumo e aquisição. Eu acho que ambos, homens e mulheres, fazem isso. De acordo com o que observo, o que se coloca  no caminho do amor, na maior parte do tempo, é a maneira como as pessoas criam expectativas em relação às outras e depois se frustram”.

Por que preferiu adotar um tom bem humorado para contar a história

“Eu acho que a comédia muitas vezes é a maneira mais eficiente de comentar alguma coisa. Não chamaria o filme de 'leve'.  Está mais para uma comédia dark, e eu quis muito me conectar com uma audiência mais ampla”. 

Da onde você tira inspiração, quais as principais influências

Eu amo os Irmãos Cohen e também Tarantino. Eu achei Django livre um filme brilhante e extremamente divertido.  Um filme com apelo popular sobre um assunto fortíssimo como raça, classes e brutalidade nos Estados Unidos.