ASSINE
search button

CCBB apresenta Recortes do Cinema da Coreia do Sul

Compartilhar


A produção cinematográfica sul coreana moderna é um dos raros casos, ao lado da Índia e China, em que os filmes nacionais são mais vistos que seus congêneres americanos. O sucesso não é só um fato local: aclamada pela crítica especializada internacional, os filmes coreanos são distribuídos mundialmente e aguardados com ansiedade pelos cinéfilos, já que nas duas últimas décadas, o cinema sul-coreano tem sido a vitrine artística mais vistosa do país oriental para o mundo.

Atento à força dessa obra vigente, o Centro Cultural Banco do Brasil, com o apoio da Embaixada da Coreia do Sul,  apresenta, de 10 a 29 de janeiro, a mostra Recortes do Cinema da Coreia do Sul,  um painel deste país asiático com uma programação composta por dois tipos de filmes: 

-  os primeiros filmes de diretores hoje festejados;

-  os que foram sucesso na Coreia e nos países asiáticos, mas que não chegaram ao Ocidente.

O público poderá conferir títulos assinados pelos mais representativos cineastas coreanos da atualidade, com destaque para uma seleção de 5 filmes do mestre Im Kwon-taek. Completam a programação filmes menos conhecidos internacionalmente, mas que foram sucesso no país natal.

Outra atração são as sessões especiais à meia-noite, sempre às quintas e sextas, que incluem alguns filmes já distribuídos nacionalmente, mas que  passaram rapidamente pelas nossa telas e títulos exclusivos da Embaixada e do Consulado da Coreia. A ênfase será temas com terror, violência e um tanto de sexo, drogas e rock'n roll.

COREIA DO SUL

Nação pobre até meados dos anos 1960, a Coreia do Sul experimenta hoje um processo de ascensão econômica inédito na história do país. Este crescimento, conhecido na Coreia como “milagre do rio Han”, ajudou a difundir pelo mundo uma cultura que tem pelo menos cinco mil anos de história.

O sucesso da economia ajudou a criar o “hanly”, expressão que significa “onda cultural coreana”, da qual faz parte, com destaque, o vigoroso cinema deste país asiático.

Um sistema legal de proteção ao produto nacional e a forte tributação do concorrente estrangeiro, aliada aos recursos provenientes do sucesso econômico do país,  foram primordiais ingredientes para incrementarem o êxito que o cinema coreano experimentou nos últimos anos.

Centro Cultural Banco do Brasil

Rua Primeiro de Março, 66 tel 3808 2020

R$6,00 cine passe

PROGRAMAÇÃO FINAL - CCBB

Cinema I 10 de janeiro, terça-feira 

16h00 Adeus, Mãe 111 min

18h30 Cão que Ladra Não Morde 106 min

11 de janeiro, quarta-feira 

16h00 Funeral 93 min 

18h30 Decolar 137 min 

12 de janeiro, quinta-feira 

16h00 Fabricantes de Escândalos 108 min 

18h30 Chunhyang – Amor Proibido 120 min

13 de janeiro, sexta-feira 

16h00 Minha mãe, A Sereia 110 min

18h30 Luz Secreta 142 min 

14 de janeiro, sábado 

13h30 Naufrágos da Vida 116 min 

16h00 A Pior Ressaca do Mundo 116 min

18h30 Na Estrada com o Amante da Minha Mulher 92 min 

15 de janeiro, domingo 

13h30 Zona de Risco 110 min 

16h00 Seopyeonje 112 min 

18h30 Seguindo Adiante 134 min

17 de janeiro, terça-feira 

16h00 O Rei e o Palhaço 112 min 

18h30 Sem Fôlego 130 min 

18 de janeiro, quarta-feira 

16h00 Velho Amigo 78 min 

18h30 As Montanhas Taebaek 168  min

19 de janeiro, quinta-feira 

16h00 Cão que Ladra Não Morde 106 min 

18h30 Adeus, Mãe 111 min 

20 de janeiro, sexta-feira 

16h00 Chunhyang – Amor Proibido 120 min 

18h30 Funeral 93 min  

21 de janeiro, sábado 

13h30 Fabricantes de Escândalos 108 min 

16h00 Minha Mãe, A Sereia 110 min 

18h30 Luz Secreta 142 min 

22 de janeiro, domingo 

13h30 Naufrágos da Vida 116 min 

16h00 Na Estrada com o Amante da Minha Mulher 92 min  

18h30 A Pior Ressaca do Mundo 116 min 

24 de janeiro, terça-feira 

16h00 Seopyeonje 112 min 

18h30 Mesa-redonda com João Juarez Guimarães (curador da mostra Recortes do Cinema da Coréia do Sul), Leonardo Luiz Ferreira (jornalista, crítico de cinema e codiretor do documentário Chantal Akerman, de Cá) e Sergio Alpendre (jornalista e crítico de cinema). 

25 de janeiro, quarta-feira 

16h00 O Rei e o Palhaço 112 min  

18h30 Funeral 93 min

26 de janeiro, quinta-feira 

16h00 Cão que Ladra não Morde 106 minutos

18h30 Seguindo Adiante 134 min 

27 de janeiro, sexta-feira 

16h00 Naufrágos da Vida 116 min 

18h30 Velho Amigo 78 min 

28 de janeiro, sábado 

13h30 A Pior Ressaca do Mundo 116 min 

16h00 Na Estrada com o Amante da Minha 92 min 

18h30 Luz Secreta 142 min

29 de janeiro, domingo 

13h30 As Montanhas Taebaek 168 min 

18h30 Sem Fôlego 130 min  

cinema I 12 de janeiro, quinta-feira 

24h00 Cão que Ladra não Morde 106 min

13 de janeiro, sexta-feira 

24h00 Mentiras 112 min

19 de janeiro, quinta-feira 

24h00 Na Estrada com o Amante da Minha Mulher 92 min

20 de janeiro, sexta-feira 

24h00 Sem Fôlego 130 min

26 de janeiro, quinta-feira 

24h00 Tokyo! 112 min

27 de janeiro, sexta-feira 

24h00 Zona de Risco 110 min

RECORTES DO CINEMA DA COREIA DO SUL

Programação

Novos Cineastas Coreanos

1 Adeus, Mãe (Aeja), de Jeong Gi-hoon (Coréia do Sul, 2009). Com Choi Kang-hee , Kim Yeong-ae, Bae Soo-bin. 111 minutos. 14 anos.

Aeja tem 19 anos e sonha em se tornar escritora mas tem cuidar da mãe que sofre de câncer.

Segundo a crítica, o estreante Gi-hoon soube driblar com habilidade o melodrama que o argumento sugere.

2 Decolar (Gukga Daepyo), de Kim Yong-hwa (Coreia do Sul, 2009). Com Lee Eun-Seong, Lee Se-Rang, Lee Hye-Suk. 137 minutos. 16 anos.

Decolar narra a criação do primeiro time nacional de salto em esqui do país. Em 1997, quando se preparava para receber as  Olimpíadas de Inverno de 2002, a federação internacional do esporte decidiu que a Coreia do Sul não poderia sediar os jogos sem ter um time de salto em esqui para representá-la.

Filmes sobre esportes é um gênero em crescimento na produção cinematográfica sul-coreana e este é um dos exemplares recentes de maior sucesso.

3. Fabricantes de Escândalos (Kwasok Scandle), de Kang Hyeong-Cheol (Coréia do Sul, 2008). Com Cha Tae-hyun, Ahn Il-Kwon, Hwang Seok-hyeon. 108 minutos. 16 anos.

DJ trintão e boêmio descobre que pode ser pai de uma adolescente.

Primeiro longa-metragem de Hyeong-Cheol , Fabricantes de Escândalos foi um dos maiores êxitos da temporada em que foi lançado.

4. Luz Secreta (Milyang), de Lee Chang-dong (Coréia do Sul, 2007). Com Jeon Do-yeon, Song Kang-ho, Jo Yeong-jin. 142 minutos. 16 anos anos. Palma de Ouro de  Melhor Atriz (Jeon Do-yeon) - Festival de Cannes.

Depois da morte do marido, jovem pianista procura uma nova vida para o filho pequeno e muda-se para a cidade natal do falecido. Mas uma nova tragédia abala sua vida e ela procura abrigo na religião.   Do mesmo realizador de Poesia (2011); duplamente premiado em Cannes 2010 como Melhor Roteiro e Menção Especial do Júri Ecumênico. O prestigiado Lee Chang-dong foi Ministro da Cultura de seu país

5. Minha Mãe, A Sereia (Ineo Gongju), de Park Heung-sik (Coréia do Sul, 2004). Com Jeon Do-yeon, Park  Hae-il, Ko Du-shin.110 min. 10 anos.

Com o desaparecimento do pai, Kim, de 20 anos, decide procurá-lo na terra natal dele, mas acaba encontrando sua mãe com trinta anos a menos.

Bem recebida fantasia que tem com destaque a presença de Jeon Do-yeon, considerada uma das melhores e mais populares atrizes sul-coreanas. 

6. Na Estrada com o Amante da Minha Mulher (Ane-eui Aein-eul Mannada), de Kim Tai-sik (Coréia do Sul, 2006). Com Park Kwang-jung, Jeong Bo-seok, Jo Eun-ji. 92 minutos. 16 anos.  Mostra Competitiva - Festivais de  Sundance  e  Pusan. 

Homem de meia-idade descobre que é traído por sua mulher com taxista e decide conhecer o rival contratando-o para fazer uma viagem.

Elogiado filme de estréia, competiu nos festivais de Sundance e Pusam, o mais prestigiado do calendário coreano.

7. Naufrágos da Vida (Kimssi Pyoryugi), de Lee Hae-jun (Coréia do Sul, 2009). Com Hong Min-heui, Jang So-yeon, Jeong Jae-yeong. 116 minutos. 16 anos. 

Cultuada comédia onde um empresário endividado tenta se suicidar pulando num rio no centro de Seoul e acaba se envolvendo em situações surrealistas.

8. A Pior Ressaca do Mundo (Najsul), de Noh Youg-seok (Coréia do Sul, 2008). Com Song Sam-dong, Yuk Sang-yeop, Kim Kang-hee. 116 minutos. 16 anos. 

Após uma desilusão amorosa, rapaz viaja para uma cidade coreana quase vazia, apenas com alguns estranhos moradores que lhe fazem companhia.

Único filme de Youg-seok Noh, foi premiado no importante festival suíço de Locarno. Curiosamente, o cineasta exerce praticamente todas as funções técnicas nesta produção independente

9. O Rei e o Palhaço (Wang-ui Namja), de Lee Junk-ik  (Coréia do Sul, 2005). Com Kam Woo-seok, Jeong Jin-yeong, Kang Seong-yeon. 119 minutos. 16 anos 

Na dinastia Chosun, dois palhaços são presos por encenar uma peça que satirizava o rei. Para escaparem da execução precisavam fazer o imperador rir do mesmo espetáculo. Entretanto, o monarca começa a sentir uma estranha atração por um dos artistas, rapaz quieto e de temperamento delicado.

Bem recebido, O Rei e o Palhaço foi a segunda maior da história do cinema coreano.

10. Sem Fôlego (Ddongpari), de Yang Ik-Joon (Coréia do Sul, 2009). Com Yang Ik-Joon , Kim Kot-bi, Jeong Man-shik. 130 minutos. 16 anos. Melhor Filme - Festival de  Roterdã. 

Ator com 11 títulos no currículo, Ik-joon Yang estreou na direção com Sem Fôlego, título que percorreu com sucesso o circuito internacional de festivais tendo obtido 18 premiações internacionais além de ter vencido o prestigiado festival holandês de Roterdã.

Sem Fôlego, que ainda tem Ik-joon no papel principal, enfoca a surpreendente amizade relação entre um gangster brutal e traumatizado e uma jovem estudante mal-comportada.

11. Velho Amigo (Wonangsori), de Lee Chung-Ryoul  (Coréia do Sul, 2008). Com Choi Won-gyoon,  Lee Sam-soon. 78 minutos.10 anos. Mostra Competitiva - Festival de Sundance,  Prêmio Mecenato – Festival de  Pusan.

Elogiado documentário sobre um casal de idosos que vive isolado no interior da Coréia do Sul apenas na companhia de velho boi.

Primeiro longa de Chung-Ryoul Lee, Velho Amigo levou dois milhões de espectadores aos cinemas coreanos e foi distribuído em diversos paises.

Seleção Im Kwon-taek 

1. Chunhyang – Amor Proibido (Chunhyang), de Im Kwoon-taek (Coreia do Sul, 2000). Com Lee Hyo-jeong, Cho Seung-woo, Kim Sung-nyu. 120 min.14 anos. Mostra Competitiva - Festival de Cannes.  

Na Coreia do século XVIII, nobre da província apaixona-se pela bela e culta filha de uma cortesã, mas ela é condenada a morte por se recusar a ser amante no novo governador. Chunhyang competiu no Festival de Cannes.

2. Funeral (Chukje), de Im Kwon Taek. (Coréia do Sul, 1996). Com Ahn Sung-kee, Han Eun-jin, Jeong Seon-kyeong. 93 minutos. 14 anos. 

Escritor famoso retorna a sua cidade natal para o enterro da mãe e encontra-se com uma sobrinha ilegítima. Ela é hostilizada pela família e durante a cerimônia, os conflitos afloram. 

3. As Montanhas Taebaek (Taebaek Sanmaek), de Im Kwon Taek. (Coréia do Sul, 1994). Com 168 minutos. 14 anos. Mostra Competitiva do Festival de  Berlim.

O filme mostra o conflito entre dois irmãos numa pequena aldeia da Coreia do Sul no começo dos anos 1950: Sangjin é um líder comunista e Sangku  comanda o movimento anti-esquerdista. As Montanhas Taebaek  participou da Mostra Competitiva do Festival de Berlim.

4. Seguindo Adiante (Aje Aje Bara Aje), de Im Kwon Taek. (Coreia do Sul, 1989). Com Kang Soo-yeon, Jin Yeong-mi, Yu In-chon. 134 minutos.12 anos.

Em Seguindo Adiante, Im kwon-taek examina o relacionamento entre duas jovens monjas budistas num mosteiro.

5. Seopyeonje, de Im Kwon - taek (Seopyeonje), de Im Kwon - taek (Coreia do Sul, 1993). Com Kim Myung-gon, Oh Jung-hae, Kim Kyu-chul. 112 minutos.14 anos. 

Famoso cantor viúvo de pansori (tradicional gênero musical coreano) cuida com severidade de seu casal de filhos. O garoto foge da tirania do pai, e para manter a menina sob seu controle e transforma-la em sua sucessora, o artista cega a jovem.

Sopyonje é um título que impressiona pela habilidade e frieza com que Kwon-taek disseca o trágico acontecimento.

MEIA -NOITE 

1. Cão que Ladra não Morde (Flandersui Gae), de Bong Joon-ho (Coréia do Sul, 2000). Com Bae Donna, Lee Sung-jae, Byeon Hie-bong. 106 minutos. Livre. Mostra Quinzena dos Realizadores - Festival de Cannes. 

Professor universitário irritado com os latidos dos cachoros da vizinhança e cuja esposa espera o nascimento de seu filho, transforma-se num inesperado serial-killer de ... cachorros!

Festejada comédia de humor negro, Cão que Ladra não Morde é o longa de estréia do autor que alcançou reconhecimento mundial com O Hospedeiro (06). Recentemente, Bong Jun-ho assinou um dos episódios do Tokyo!, também em exibição na mostra Recortes do Cinema da Coréia do Sul,  em parceria com os cultuados Michel Gondry e Leos Carax. 

Cão que Ladra não Morde fez sucesso no circuito de festivais pequenos mas prestigiados como o Slandance e o Buenos Aires.

2. Mentiras (Gojitmal), de Jang Sun-woo (Coreia do Sul, 1999). Com Lee Sang Hyun, Kim Tae Yeon, Choi Hyun Joo. 112 minutos. 18 anos.  Mostra Competitiva - Festival de Veneza. 

O tórrido – e sadomasoquista - relacionamento entre um arquiteto de 38 anos e uma jovem estudante provocou um veemente protesto da igreja católico quando Mentiras competiu no Festival de Veneza.

O filme nunca foi lançado comercialmente no Rio de Janeiro. 

3. Tokyo! (Tokyo!), de Joon-ho Bong, Leos Carax e Michel Gondry (Coreia do Sul-França-Japão-Alemanha, 2008). Com Yû Aoi, Teruyuki Kagawa, Naoto Takenaka. 112 minutos. 14 anos. 

Filme de episódios passado na capital japonesa em que o coreano Joon-ho mostra um homem confinado em casa há 10 anos que apaixona-se pela entregadora de pizza. Os cultuados franceses Carax e Gondry assinam os outros dois episódios. Tokyo!, apesar da legião de admiradores que possui, passou rapidamente pelo circuito brasileiro.

4. Zona de Risco (Gongdong Gyeongbi Guyeok JSA), de Park Chan-wook (Coréia do Sul, 2000). Com Lee Yeong-ae, Lee Byung-hun, Song Kang-ho. 110 minutos. 16 anos. Mostra Competitiva – Festival de Berlim. 

A amizade entre soldados de lados opostos na fronteira das duas Coréias, transforma-se após um massacre. Zona de Risco revelou o talento de Park Chan-wook, confirmado depois pela “Trilogia da Vingança”: Mr Vingança (2002), Old Boy (2003) e Lady Vingança (2005). Zona de Risco só chegou ao Brasil em DVD. 

Centro Cultural Banco do Brasil

Rua Primeiro de Março, 66 tel 3808 2020

CINEPASSE: R$ 6 e R$ 3 (meia), válido durante a mostra, para acesso às salas de cinema I e II, por meio de senhas. As senhas deverão ser retiradas 1h antes de cada sessão.