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Ana Maria Machado toma posse na presidência da ABL

Escritora é a segunda mulher a assumir o cargo nos 114 anos de fundação da ABL 

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A escritora Ana Maria Machado tomou posse na noite desta quinta-feira na presidência da Academia Brasileira de Letras (ABL), em cerimônia no Salão Nobre do Petit Trianon.  A acadêmica é a segunda mulher a assumir o cargo nos 114 anos de fundação da ABL. A primeira foi a acadêmica Nélida Piñon, eleita em 1997, ano do centenário da Casa. A nova presidente substitui o acadêmico Marcos Vinicios Vilaça, que ocupou o cargo nos biênios 2006-2007 e 2010-2011. Ela foi eleita, por unanimidade, na quinta-feira passada, dia 8 de dezembro, em votação realizada no Petit Trianon. 

Juntamente com a nova presidente, tomou posse sua diretoria, assim como ela, eleita na quinta-feira passada. Os eleitos são: secretário-Geral: Geraldo Holanda Cavalcanti; primeiro-Secretário: Domício Proença Filho; segundo-Secretário: Marco Lucchesi; e tesoureiro: Evanildo Cavalcante Bechara.  

Durante seu discurso, Ana Maria citou os compositores Tom Jobim e Paulinho da Viola e prometeu dar continuidade a uma maior presença social da Academia Brasileira de Letras. A nova presidente ressaltou a importância e a modernização da instituição no contexto cultural brasileiro.

A acadêmica Ana Maria Machado, considerada pela crítica como uma das mais completas e versáteis escritoras brasileiras contemporâneas, ocupa, desde 2003, a cadeira numero 1 da ABL. Ganhou, em 2001, o mais importante prêmio literário nacional – o Machado de Assis, outorgado pela ABL, pelo conjunto de sua obra como romancista, ensaísta e autora de livros infanto-juvenis. Um ano antes, recebera do IBBY (International Board on Books for the Young) a Medalha Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil, por ser o mais alto prêmio internacional do gênero, conferido a cada dois anos a um escritor, pelo conjunto da obra.

Carioca, ela começou como pintora, tendo estudado no Museu de Arte Moderna do Rio e no de Nova York. Como jornalista, trabalhou em Paris e Londres, além de em muitos jornais e revistas no Brasil. Tornou-se escritora em 1969 e publicou nove romances, oito livros de ensaios e dezenas de infanto juvenis. Seus livros venderam quase dezenove milhões de exemplares e têm sido objeto de numerosas teses universitárias – inclusive fora do país.