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Edu Lobo participa de debate no Museu da Imagem e do Som, no Rio

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Compositor requisitado por muitos gigantes da MPB e com reconhecimento internacional. Por essas e outras tantas características é que Edu Lobo foi convidado para participar do “Depoimentos para a posteridade”, projeto do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura. O músico será entrevistado pelos jornalistas Beatriz Thielmann, Hugo Sukman, João Máximo e Regina Zappa no dia 26 de outubro (quarta-feira), a partir das 13h30, no auditório do MIS na sede da Praça XV

Reiterando a máxima popular que diz “filho de peixe...”, o cantor, compositor, arranjador e instrumentista carioca Edu Lobo, de 68 anos, é filho do também músico Fernando Lobo, por isso começou cedo a tocar acordeão e violão. Iniciou sua carreira nos anos 1960 fortemente influenciado pela bossa nova, quando então numa parceria com Vinicius de Moraes compôs “Só me fez bem”; mas por conta da ditadura militar assumiu uma postura mais política, assumindo parceria com Ruy Guerra e assinando “Canção da Terra”, “Reza” e “Aleluia”.

Ao mesmo tempo em que participava dos festivais de música popular, como no ano de 1965 quando recebeu o prêmio por “Arrastão” (com Vinicius de Moraes) e em 1967 por “Ponteio” (com Capinam), Edu começou a fazer músicas para espetáculos, entre eles o histórico “Arena Conta Zumbi”, ao lado de Gianfrancesco Guarnieri. Depois de uma temporada nos Estados Unidos voltou ao Brasil retomando suas antigas parcerias, entre elas a com Chico Buarque, com quem compôs peças de teatro e balés.

Vale destaque para espetáculo “O grande circo místico” que, inspirado no poema homônimo de Jorge de Lima e escrito originalmente para o Balé Teatro Guaíra, estreou em março de 1983 e foi assistida por mais de 200 mil pessoas, sendo as músicas interpretadas por Milton Nascimento, Gal Costa, Simone, Gilberto Gil, Zizi Possi, entre outros. Em 1995 recebeu o Prêmio Sharp de melhor disco de MPB do ano e em seu último disco, “Cambaio”, gravado com Chico Buarque, recebeu o Grammy Latino de melhor álbum em 2002.