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Empresária mescla cachaça e moda e exporta "estilo de vida"

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Foi em um almoço descontraído em uma churrascaria da capital paulista, que Patricia Schettino, sócia-proprietária da grife Gig, de Belo Horizonte (MG), contou  que, além de exportar seus tricôs para "os cinco continentes", leva para o exterior o nosso "estilo de vida".

Isso acontece porque a empresária também é proprietária de um alambique artesanal em sua fazenda e costuma levar amostras de sua produção para presentear os compradores estrangeiros, divulgando um de nossos produtos mais típicos.

"A cachaça é um produto nacional bem distinto. Aqui no Brasil há o estigma de que é uma bebida menos valorizada, mas quando a cachaça é bem feita, se torna conceituada e acho que ela deveria ocupar seu lugar no mercado nacional", disse, mostrando-se uma "cachaceira" de primeira, enquanto ri ao recordar que há alguns anos, ganhou fama nacional de "pinguça" ao conceder uma entrevista a um veículo de circulação nacional. 

"Fiquei com tanta vergonha! Não tinha levado a sério. Quando mostrei ao meu pai, ele disse sério que quem faz a fama, deita na cama, e me chamou para tomar uma", riu, divertindo-se ao recordar a história.

Formada em Comércio Exterior, Patrícia contou que sempre viu a cachaça como uma bebida em potencial e a ideia de juntá-la à moda surgiu como uma forma de cativar o empresário estrangeiro e de levar um pouquinho mais da nossa cultura até eles.

"Minha sócia, Gina Guerra, sempre trabalhou com tricô e tecelagem e fazemos um trabalho fino, delicado. É uma alfaiataria de tricô que transformamos em um produto globalizado. Assim como a cachaça, nossas roupas têm uma linguagem cosmopolita, que ganha espaço em qualquer mercado", contou, orgulhosa.

A cachaça produzida na fazenda da sócia-proprietária da Gig ainda não está disponível no mercado, o que Patrícia conta que pretende fazer em breve. "Beber junto é uma coisa bacana. Tem a ver com intimidade", filosofou sobre uma de suas paixões.