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Academia Brasileira de Letras elege sucessor de Moacyr Scliar na quinta-feira

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A Academia Brasileira de Letras, em sua sessão desta quinta-feira, dia 2, a partir das 16:00 horas, vai eleger o  substituto do acadêmico  Moacyr Scliar na Cadeira nº 31.

Os candidatos inscritos são os escritores e jornalistas Antônio Torres e Merval Pereira.

Apurada a eleição, o Presidente Marcos Vinicios Vilaça  proclamará o resultado e dará conhecimento ao eleito, se houver.

Scliar morreu em Porto Alegre no dia 27 de fevereiro passad,  e era o sétimo ocupante da Cadeira,  que tem como fundador Guimarães Junior, e patrono, Pedro Luís. Foi sucessivamente ocupada por João  Ribeiro, Paulo Setúbal, Cassiano Ricardo, José Cândido de Carvalho e  Geraldo França de Lima- substituído por  Scliar em 22 de outubro de 2003.

A eleição desta quinta, de acordo com os estatutos da ABL, será  realizada em escrutínio secreto, considerando-se eleito o candidato que primeiro atingir a maioria absoluta de 20 votos.

Não se verificando  tal  maioria no primeiro escrutínio, passa-se ao segundo e, sucessivamente,  ao terceiro e quarto.

Na eventualidade de não haver vencedor até a quarta votação, abrir-se-á. de novo, a inscrição para o preenchimento da vaga.

Os acadêmicos podem votar por carta endereçada à Secretaria da ABL, ou por cédula, durante  a sessão.

Conheça os candidatos

Antônio Torres- Nascido em Sátiro Dias, no sertão da Bahia, em 1940, Antônio Torres estudou em Alagoinhas e Salvador, onde ingressou no Jornal da Bahia. Ao mudar-se para São Paulo, aos 20 anos, passou a trabalhar no diário Última Hora. Na capital paulista, viria a trocar o jornalismo pela publicidade, tendo sido redator e diretor de criação de várias agências, também em Portugal e no Rio de Janeiro.

Estreou na literatura em 1972, com o romance Um Cão Uivando para a Lua, que causou um grande impacto, sendo considerado a revelação do ano pela crítica, e abriu caminho para a sua carreira literária, que hoje conta com 17 livros publicados, alguns deles com várias edições no Brasil e traduções em muitos países. Em 1998, recebeu do governo francês o título de Chevalier des Arts et des Lettres, por seus livros publicados na França até então (Essa terra e Um táxi para Viena d’Áustria).

Mais conhecido como romancista, Antônio Torres é também contista (Meninos, eu conto) e cronista (Sobre Pessoas, Do Palácio do Catete à venda de Josias Cardoso), cujo conjunto da obra mereceu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 2000. No ano seguinte, foi agraciado (junto com o catarinense Salim Miguel, por Nur na Escuridão), com o Prêmio Zaffari & Bourbon, da 9ª. Jornada Literária Nacional de Passo Fundo, por seu romance Meu Querido Canibal.

Livros publicados-  Pela Editora Record- (Romances):Um cão uivando para a Lua;Os homens dos pés redondos;Essa terra; Carta ao Bispo; Adeus, velho; Balada da infância perdida; Um  táxi para Viena d’Áustria; O cachorro e o lobo;Meu querido canibal;  O nobre seqüestrador; Pelo fundo da agulha; (Contos):Meninos, eu conto -Pela Editora Rocco; (História para crianças): Minu, o gato azul; Pela Editora Leitura- (Crônicas, perfis e memórias): Sobre Pessoas; Pela Íbis Libris: Do Palácio do Catete à venda de Josias Cardoso; (Crônica – escrita por ocasião da Primavera dos Livros de 2007, realizada no Museu da República/ Palácio do Catete, Rio de Janeiro, e da qual Antônio Torres foi o patrono). Fora de mercado: O Centro de nossas desatenções (Relume-Dumará/ RioArte) O Circo no Brasil (Funarte/ Atração).

 

Merval Pereira- Carioca, 61 anos, é comentarista da Globonews e da CBN e Colunista de O Globo, onde entrou em 1968 como repórter estagiário, tendo sido, entre outras funções, editor nacional, editor-chefe, diretor da sucursal de Brasília, diretor de redação e diretor executivo do Infoglobo. Foi Diretor de Jornalismo de Midia impressa e rádio das Organizações Globo

Em 1979 recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André Gustavo Stumpf. A série virou livro com o mesmo nome, editado pela Brasiliense, considerado referência para estudos da época e citado por brazilianistas, como Thomas Skidmore.

Foi finalista do Prêmio Esso em 2000 com uma reportagem sobre o envolvimento do cineasta João Moreira Salles com o traficante Marcinho VP. De 1983 a 1985 trabalhou na revista Veja, onde foi chefe das sucursais de Brasília e Rio e editor nacional em São Paulo. No período ganhou três Prêmios Abril. Também foi editor-executivo do Jornal  do Brasil.

De 1991 a 1992, fez um curso de especialização em política internacional na Universidade Stanford, na Califórnia, como único bolsista da América Latina da John S. Knight Fellowship. Tem curso de gestão de empresas no Insead, na França.

Faz parte do Conselho Editorial das Organizações Globo e fez parte do primeiro Conselho Editorial do jornal Valor Econômico; Conselheiro do Centro de Estudos da América da Universidade Cândido Mendes.

É media leader do World Economic Forum,onde já foi mediador de debates sobre a situação do Brasil e da América Latina. É membro titular da Academia Brasileira de Filosofia e do Board of Visitors da John S. Knight Fellowships da Universidade Stanford.

Em 2008 passou um período na Universidade de Columbia, em Nova York, como visiting scholar da Centro de Estudos Latino-Americanos.

Em 2009 recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das Américas.

Prêmios recebidos:

Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística

Medalha Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras

Golfinho de Ouro do Governo do Estado do Rio de Janeiro no setor de Comunicação

Destaque Bovespa 2006 - Prêmio Especial de Jornalismo

Medalha Hipólito da Costa da Academia Brasileira de Filosofia

Medalha Presidente Juscelino Kubitscheck do Governo de MInas Gerais

Alguns trabalhos publicados:

"A segunda guerra, sucessão de Geisel", da Editora Brasiliense

”O lulismo no poder, da Editora Record

Quem viver, verá - no livro "O Brasil tem jeito" da Editora Zahar - coordenação Arthur Ituassu e Rodrigo Almeida

O feitiço contra o feiticeiro - no livro O Brasil de Lula - retrospectiva 2003-2005, perpectiva para 2006 - da Editora Casa das Letras de Lisboa - Coordenação Clóvis Brigagão e Silvério Zebral

Texto para o livro "Brasil Contemporâneo: perspectivas da atualidade nacional”  - editado pela Artes & Ofícios de Porto Alegre

Apresentação do livro Política Energética para o Brasil - propostas para o crescimento sustentável - de Adriano Pires, Eloi Fernandez y Fernandez e Julio Bueno - Editora Nova Fronteira

Apresentação do livro Rompendo o Marasmo - a retomada do desenvolvimento no Brasil - de Fabio Giambiagi e Armando Castelar

Prefácio do livro "Os Militares no Poder "- crônicas de Carlos Castello Branco - da Editora Nova Fronteira

Conto no livro + 21 histórias de Amor da editora Francisco Alves