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Chef Claude Troisgros e Paulo Tiefenthaler cozinham juntos em programa

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Paulo Ricardo Moreira , Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - O convidado é um badalado chef francês. E o anfitrião é um ator que se passa por cozinheiro e pratica a culinária de guerrilha, usando o que tiver na geladeira. O encontro entre Claude Troisgros, um dos grandes nomes da gastronomia internacional, e Paulo Tiefenthaler, protagonista do Larica total, aconteceu na cozinha do apartamento do ator em Santa Teresa, no centro do Rio. Lá, a dupla preparou receitas da culinária francesa, mas com um tempero bem brasileiro. A participação especialíssima de Troisgros, que vai ao ar no episódio de sexta-feira, à 0h30, no Canal Brasil, marca o encerramento da segunda temporada do programa.

Foi ótimo. O Claude é uma figura muito simples, alegre, e adora o Larica, porque ele sabe que cozinha é meio bagunçada mesmo, tem sujeira, não é limpinha como nas novelas. Na TV, a culinária virou uma coisa chique. Mas o meu programa tem uma anarquia doce diz Paulo Tiefenthaler.

A dupla cantou música italiana (a mãe de Troisgros é italiana), dançou, riu muito e, claro, cozinhou. A ideia era misturar o requinte e a sofisticação da cozinha francesa com a criatividade e o improviso da culinária caseira.

O programa traz a realidade da cozinha como ela é. E o Claude gostou disso. Acho até que o Larica influenciou os últimos programas dele. Ele estava mais solto afirma o ator, referindo-se ao extinto Menu confiança, que o chef francês apresentava no GNT (Claude Troisgros estreia no dia 15 de abril o inédito Que marravilha!, no mesmo canal).

Na cozinha do ator, o chef preparou um carpaccio de melancia, rãs e, de sobremesa, um crepe suzette com cachaça, rebatizado por Paulo Tiefenthaler como crepe zete nome da sua faxineira.

O carpaccio ficou saboroso, parecia carne mesmo. Claude levou as rãs vivas numa geladeira, mas não as matamos na hora. Usamos as que já estavam mortas conta.

Como no antigo programa de Troisgros, a dupla degustou três tipos de vinho, que custavam entre R$ 4 e R$ 8.

Dois tinham gosto de suco de uva. Odiamos. O outro era ruim, mas dava para beber.

Paulo compara o Larica total a uma pelada na cozinha. Se erra a receita, assume que precisa treinar mais em casa.

Não sou cozinheiro profissional, nem o personagem é. Se acabo de fazer uma comida e faltou sal, digo para as pessoas que elas têm que botar mais sal em casa. Faço experimentação pura diz o ator, que aprendeu a cozinhar melhor depois do programa. Hoje, já faço uma moqueca, arrisco novos molhos. Eu me divirto na cozinha, mas é uma coisa que dá trabalho.

A terceira temporada de Larica total ainda está sendo negociada com o canal.