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SP Fashion Week: André Lima se exercita

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Iesa Rodrigues, Agência JB

SÃO PAULO - Em 20 looks, André deu um recado especial. Chega de longos estampados, de coloridos tropicais, do calor dos enviesados. É hora de uma mulher do tempo, um delírio, um filme. O que significa isso? Nada, talvez a moda seja apenas um exercício de imagem. Que se traduz em vestidos curtos, linha A, com o preto dando a base para maxi-pulls trançados sobre saiotes plissados, se combinando com branco, em modelos montados em listras diagonais, presas por pontos dourados ou no espinha-de-peixe estilizado, com prata, no casaco-capa ou no pied-de-poule em shorts com caban de amplas mangas. Nada simples, tudo muito requintado. Mas diferente do habitual André Lima, que mudou o visual das modelos para um estilo mais europeu. Lembra as campanhas da marca francesa Cacharel, nos anos 60/70, fotografadas por Sarah Moon, as vitrines da Biba, de Londres. Cabelos eriçados, com faixa na testa, olhos esfumaçados e bocas com batom escuro, bem desenhadas, deram uma esperança de padrão de beleza diferente do atual louro-liso-longo.

Rodapé:

Há alguns meses, André percorreu Paris com a prima Deolinda Vilhena, em busca da trilha deste desfile. Deolinda estava em plena reta final da defesa de tese sobre o Théâtre du Soleil, de Ariane Mnouchkine, parou tudo e acompanhou o primo. Que acabou usando uma trilha também em francês, escolhida por Julia Petit.

Pela terceira vez ele usou a passarela com módulos e portais em vermelho e preto. Deve dar sorte.

Amanhã, o dia começa com as elegantes moulages de Wilson Ranieri e acaba na animação da Cavalera.