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'Filhos da Esperança' traz futuro sombrio para as telas

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Reuters

VENEZA - Em seu novo thriller, 'Filhos da esperança', o diretor Alfonso Cuarón parte da fórmula cinematográfica clássica de um sujeito cínico e durão que precisa conduzir um (ou uma) inocente a um local seguro - e a desmonta por completo.

Baseado num romance da autora britânica de romances policiais P.D. James, o filme funciona tanto como thriller quanto como drama político e social, de modo que tem tudo para dar certo nas bilheterias de todos os países.

Ambientado em 2027, o filme pinta um retrato sombrio de um futuro em que a infertilidade humana global significa que nenhum bebê nasceu em lugar algum nos últimos 18 anos. As doenças estão em alta, e os governos militares agem descontroladamente em todos os países, até mesmo no Reino Unido.

De acordo com Cuarón e seu exemplar diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, além dos designers de produção Geoffrey Kirkland e Jim Clay, a Londres de 2027 será totalmente diferente da cidade vista em filmes recentes de Richard Curtis e Woody Allen. Com lugares reais 'maquiados' para parecer os mais feios possíveis, a capital britânica nunca pareceu tão desalentadora.

Resumindo: juntos, Cuarón e Owen podem ter criado o primeiro herói cinematográfico convincente do século 21.