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Festival de cinema começa comCOMEÇA COM UMA ORAÇÃO POR FIDEL CASTRO

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Agência JB

HAVANA - O 28º Festival do Novo Cinema Latino-americano de Havana foi aberto com uma oração pela saúde do Comandante Fidel Castro no teatro Karl Marx, na presença do escritor colombiano Gabriel García Márquez e do ator britânico Ralph Fiennes.

O filme do mexicano Guillermo del Toro "O labirinto do fauno" abriu oficialmente o encontro que durará até 15 de dezembro e exibirá mais de 460 filmes, dos quais 105 são dos 16 países concorrentes, e os gêneros vão de ficção e animação a documentário.

O Brasil, com 25 filmes; e a Argentina com 18 (as potências cinematográficas regionais), predominam na edição que também projetará ciclos do cinema de Alemanha, Espanha, Itália e Suíça; uma seção sobre Panorama Contemporâneo Internacional; e filmes de latino-americanos realizados nos Estados Unidos.

Os brasileiros "Os doze trabalhos" de Ricardo Elias e o "Maior amor do mundo" de Cacá Diegues que apresentará José Wilker; os argentinos "El custodio" de Rodrigo Moreno; e "Derecho de família" de Daniel Burman e "La perrera" do uruguaio Manuel Nieto, integram com outros o menu do festival.

- Começo a falar com uma oração pela saúde do Comandante invicto que abriu com suas batalhas a esperança - disse Alfredo Guevara, titular histórico do Festival e companheiro de luta de Fidel que delegou interinamente o poder há mais de quatro meses por causa de uma cirurgia.

O Festival, "reunião do espírito" como a definiu Guevara, celebra o seu 28º encontro em um contexto político inédito sob o interinato de Raúl e incógnitas sobre a evolução de Fidel que, oficialmente, se recupera, mas só foi visto neste período em fotos e vídeos, o último há mais de um mês.

O presidente do Parlamento, Ricardo Alarcón; e o ministro da Cultura, Abel Prieto, assistiram à noite de gala da abertura no teatro Karl Marx, assim como o britânico Fiennes ("O paciente inglês") e o Nobel García Márquez, amigo pessoal do líder cubano e um dos principais impulsores do Festival.

Entre os convidados internacionais no evento, o cineasta britânico Stephen Frears ("Relações perigosas"), que atualmnete apresenta o seu filme recente "A Rainha".

García Márquez ministrará o seu tradicional curso "Como se conta um conto" na Escola de Cinema de San Antonio de los Baños, que comemora 20 anos, e que é o projeto mais relevante da Fundação do Novo Cinema que organiza o Festival de Havana, ponto de encontro de cineastas da Sétima Arte na região.

O México apresentará "O céu dividido" de Julián Hernández; o Chile "Pecados" de Martín Rodríguez; Cuba "La edad de la peseta" de Pavel Giroud; e o Peru "Mariposa negra" de Francisco Lombardi.

Na seção Obra-Prima serão exibidos "Benny Moré", o bem-sucedido filme cubano sobre a vida de um de seus ícones musicais, de Jorge Sánchez; e "A máquina" do brasileiro João Falcão.

O Festival, que termina no próximo dia 15 com a projeção de "Volver", de Pedro Almodóvar, também entregará um Coral de Honra a Manuel Pérez Estremera, diretor de Rádio e Televisão Espanhola.

O encontro também se realiza em outras cidades do país. Nas últimas edições, só na capital, se registrou uma média de 500 mil espectadores sobre uma população de 2,2 milhões.

No ano passado o Coral em Ficção foi para o filme "Iluminados pelo Fogo" do argentino Tristán Bauer, que este ano preside em Cuba o júri desta categoria.