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Mimo começa por Paraty

Festival leva música, cinema e debates à cidade histórica

Divulgação -
O Cordel do Fogo Encantado apresenta o show "Viagem ao coração do sol"
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O Mimo Festival inicia a sua 15ª edição por Paraty. A cidade da Costa Verde do Rio vai receber, de 28 a 30 de setembro, mais de 20 atividades gratuitas, entre shows, filmes, poesia, debates e workshops. Os eventos, todos com entrada franca, acontecem em diferentes espaços, como igrejas e praças. O projeto multicultural, que nasceu em Olinda há 15 anos e já atravessou o oceano com edições em Portugal, reuniu um total de 1,5 milhão de pessoas e 3,5 mil artistas. Em novembro, o festival acontece no Rio (15 a 17), São Paulo (19 e 20) e encera em Olinda (23 a 25).

Macaque in the trees
O Cordel do Fogo Encantado apresenta o show "Viagem ao coração do sol" (Foto: Divulgação)

Os palcos da Igreja Matriz Nª Sª dos Remédios e da Praça da Matriz receberão artistas como o grupo colombiano Systema Solar, que une ritmos tradicionais a ferramentas eletrônicas do hip hop, house e techno; os pernambucanos do Cordel do Fogo Encantado, que apresentam o repertório de “Viagem ao coração do sol”, disco que marcou o retorno da banda após oito anos de separação; a baiana Virgínia Rodrigues, que se apresenta pela primeira vez no festival; e o Songhoy Blues, grupo do Mali que mistura blues, hip hop e rock e que nunca veio ao Brasil. A artista carioca Letícia Novaes com o seu “Letrux em noite de climão” e um dos artistas vencedores do Prêmio Mimo Instrumental, que será anunciado na sexta-feira, completam a programação de shows.

Com curadoria da cineasta Rejane Zilles, o Festival Mimo de Cinema acontece no Cinema da Praça, com sessões às 16h, 18h e 20h. Foram 182 inscrições, das quais 30 produções inéditas foram selecionadas. Em Paraty, alguns destaques entre os longas serão “Ultraje”, de Marc Dourdin, documentário sobre a banda Ultraje a Rigor; “Semente da música brasileira”, de Patrícia Terra, sobre a casa de shows Semente e os músicos que revitalizaram a Lapa; “Inaudito”, de Gregório Gananian, sobre o guitarrista Lanny Gordin; e “Legalize já – Amizade nunca morre”, de Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, sobre o encontro de Marcelo D2 com Skunk e do surgimento do Planet Hemp.

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Cena de "Legalize Já - Amizade nunca morre" (Foto: Divulgação)

O festival traz ainda a tradicional Chuva de poesia” , que vai homenagear Hilda Hilst, e o Fórum de ideias discutirá temas como “O canto como forca no protagonismo feminino negro” e “A cultura sound system da Colômbia: arte, tecnologia e liberdade”. “Nesses 15 anos, o Mimo sempre foi um festival pautado pela resistência de quem aposta na cultura, na luta pela valorização da diversidade musical. Nunca se produziu tanta gente boa como agora, novos nomes”, diz a diretora geral do projeto, Lu Araújo.

Divulgação - Cena de "Legalize Já - Amizade nunca morre"