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Sem qualquer cerimônia, governo sugere fechamento da Uerj

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É impressionante como se tem por aqui a facilidade de cogitar o fechamento de universidades públicas. Com a surpreendente, ou melhor, sem qualquer cerimônia, menciona-se o encerramento das atividades da Uerj. 

Tão naturalmente como se natural ou simples fosse ou pudesse ser, decidir o destino de uma das maiores universidades do mundo de mofo tão medieval. Isso mostra o tamanho do problema da nossa sociedade. 

Deveríamos estar concentrados em esforços hercúleos para salvar um centro de produção de conhecimento do nível da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 

Uma declaração dessas é tão devastadora e tão temerária quanto uma iminente guerra atômica. Demonstra o grau de descontentamento com um projeto de sociedade onde acesso a conhecimento se entende ser para todos e todas. 

Só em ouvirmos soluções como essa, ao buscarem-se maneiras de sanar a grave crise que consome a Uerj, se nota facilmente que há algo muito errado com a nossa sociedade. 

Colunista, Consultora na ONG Asplande, Pesquisadora e Membro da Rede de Instituições do Borel