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Caminhada em busca da paz vem dando sinais de esfacelamento

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Passam os anos, e os projetos, programas e ações governamentais em áreas periféricas da cidade e do estado continuam, a despeito das inúmeras sinalizações de moradores, técnicos de todas as áreas e acadêmicos.

Sinalizações no sentido de alertar e assim dar à ação pública nessas áreas o resultado desejado, e este por sua vez seja de relativa qualidade e efetividade.

Não è possível vermos nenhum sucesso em ações que não envolvam de maneira realista a população local, enfim, os atores envolvidos na rotina diária destas áreas.

O motivo dessa reflexão dividida com vocês é que de maneira muito incômoda, gradativa, ascendente e letal em muitas áreas (vide Complexo do Alemão) a tal caminhada em direção e busca pela paz vem dando sinais de esfacelamento.

A favela da Rocinha, noticiava aqui o colunista Davison Coutinho, sofria debaixo de forte confronto no último final de semana.

Final de semana que contou  com a mobilização de moradores no Complexo do Alemão, juntamente com diversas organizações locais, movimentos sociais e parceiros diversos, para dizer que o modelo ali em ação fracassou porque não está garantindo a vida.

Penso que é mais do que urgente a retomada do diálogo franco, com desejo de mudança real do quadro que aí está.

É urgente fazer esse caminho , não apenas para salvar um projeto de cidade, mas para salvar vidas. Já pelo terceiro dia, hoje ao escrever este artigo, os sons que servem de fundo são de tiros.

Crônica de uma situação anunciada, mas como em todo grande drama, muitos não querem ouvir.

*Membro da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e Consultora na ONG ASPLANDE.(Twitter/@ MncaSFrancisco)