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IPBES, o guardião da biodiversidade

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A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES), que revelará em Medellín as grandes linhas de ação para frear a deterioração da flora e da fauna mundial, é um organismo independente criado em 2012.

- Sua tarefa consiste em compilar todo o conhecimento científico sobre o estado da biodiversidade a fim de avaliar as tendências, os desenvolvimentos futuros e assessorar os governos sobre as medidas que devem ser tomadas.

- Atualmente, conta com 128 Estados-membros. Sua secretaria tem sede em Bonn, na Alemanha.

- Não é uma agência das Nações Unidas, mas foi criada seguindo o modelo do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (IPCC), que alertou o mundo sobre os perigos do aquecimento global e abriu caminho para o Acordo de Paris, de 2015.

- O organismo publicou sua primeira análise sobre os perigos que ameaçam as abelhas, em 2016.

- Os relatórios de avaliação da situação da biodiversidade em quatro regiões do mundo (América, África, Ásia-Pacífico e Europa-Ásia Central) e um sobre os solos serão divulgados depois da reunião do organismo em Medellín.

- Cada um desses informes precisou de três anos de trabalho, com um custo de aproximadamente um bilhão de dólares cada um.

- O painel de especialistas é financiado por um fundo que se alimenta de contribuições voluntárias de seus Estados. A contribuição mais elevada, 8 milhões de dólares, foi feita pela Noruega em 2014, informou à AFP sua secretária-executiva, Anne Larigauderie.

- As centenas de cientistas que trabalham em cada relatório são voluntários. "Calculamos que o tempo investido e doado ao IPBES representou entre 5 e 10 milhões de dólares em 2017", segundo Larigauderie. 

- Os especialistas não realizam suas próprias pesquisas, e sim compilam dados de milhares de publicações científicas e as condensam em resumos para os governos, que devem anteriormente aprovar seu conteúdo.

- Esta plataforma foi alvo de polêmica quando vazou que dois dos autores do informe de 2016 sobre polinização trabalhavam para os grupos agroquímicos Bayer e Syngenta, que produzem pesticidas suspeitos de estarem relacionados com o misterioso aumento da mortalidade das abelhas. A IPBES assegurou que não havia conflito de interesses, pois eram necessários vários pontos de vista para estabelecer uma análise equilibrada.