ASSINE
search button

Maior parte do DNA é lixo genético, afirma biologista 

Compartilhar

Por volta de três quartos do genoma humano consiste de componentes não funcionais, de acordo com um estudo do professor Dan Graur, colaborador da faculdade de biologia e bioquímica da Universidade de Houston.

O cientista explicou à Sputnik Internacional o que fazer com as mutações inevitáveis de genes no corpo humano e o que aconteceria se o DNA humano fosse 100% funcional.

O especialista contou que o seu estudo é baseado em um trabalho do laureado do Prêmio Nobel, Hermann Muller, que em 1960 disse que a humanidade, bem como as populações de outros organismos da Terra, está em estado de equilíbrio aproximado. O corpo humano sofre de mutações que perturbam a função reprodutiva e, ao mesmo tempo, se submete a processos evolutivos que ajudam a evitar isto.

Muller chamou este processo de carga de mutação. Esta noção significa que qualquer parte do seu corpo pode se submeter a mudanças que vão afetar seu funcionamento. "Qualquer coisa, por exemplo, uma televisão, com o tempo começará a trabalhar pior e por fim vai deixar de funcionar", explica o cientista.

A maior ameaça para os genes são as mutações.  A maioria delas que estão decorrendo na parte funcional do genoma tem um caráter pernicioso.

"Como nós podemos nos opor a estes processos? É preciso aumentar a taxa de natalidade! É preciso dar à luz mais crianças, de maneira a completar a população", disse Dan Graur.

Se o genoma fosse 100% funcional, e todas as suas partes sofressem as mutações, a quantidade de mutações perniciosas seria tão grande que o número de crianças deveria ser mais do que a quantidade de galáxias do Universo, para ter uma população relativamente estável.

"Por isso, eu pressupus que só uma parte do genoma é funcional. De acordo com os meus cálculos, essa parte não excede os 25%. Será por volta de 10 ou 15%", disse o cientista.

O especialista sublinha ter a certeza que tal mecanismo se formou graças ao processo de evolução e que nenhuma criatura racional nunca podia ter criado algo parecido.

> > Sputnik