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Deficientes auditivos são mais vulneráveis à violência

Sons do cotidiano servem para nos alertar de situações perigosas

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A violência assombra, causa medo, angústia e quem não ouve bem corre mais riscos nesses tempos difíceis. Muitos podem ainda não ter “acendido o alerta”, mas a audição é um sentido fundamental para a nossa segurança. A boa audição serve para nos advertir sobre um momento de perigo, nas ruas ou até mesmo no trânsito, estimulando nossa autodefesa frente a perigos como crimes, sequestros, batidas de carro e atropelamentos.

A deficiência auditiva aumenta os perigos do dia-a-dia. Quem tem o problema e não usa um aparelho de audição não ouve, por exemplo, a buzina de um carro, uma sirene tocando em caso de incêndio, alguém gritando seu nome para alertá-lo de algum perigo ou até mesmo não compreende se um bandido anuncia um assalto. Frequentemente lemos na imprensa notícias relatando que deficientes auditivos foram atropelados, feridos ou mortos em assaltos por não terem ouvido e compreendido a gravidade da situação.Os sons servem para alertar o ser humano não só nas ruas mas até mesmo dentro de casa. Ao colocar água para ferver em uma chaleira, o deficiente não ouvirá o chiado da panela. Ao dividir a casa com seus familiares, ele não ouvirá o pedido de socorro caso alguém caia ou se machuque.

“Não ouvir é perigoso. O deficiente auditivo está totalmente a mercê de infinitos perigos urbanos e domésticos. Todos têm o direito de ir e vir com segurança e autonomia, garantindo o seu bem-estar físico e psicológico. E o que vai resguardar o deficiente desses perigos e resgatar sua qualidade de vida é a ajuda de um médico otorrinolaringologista. Em muitos casos, a indicação é de uso de aparelhos auditivos”, afirma a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.A grande maioria dos pacientes demora vários anos para procurar ajuda médica para tratar da dificuldade de ouvir. 

É imprescindível diagnosticar a perda de audição, identificar as suas causas e tratá-la o mais precocemente possível. “Se for necessário o uso de um aparelho auditivo, cabe a um fonoaudiólogo indicar qual será o mais apropriado para atender às necessidades desse paciente. Atualmente, há uma grande diversidade de modelos, com design moderno, alguns até mesmo invisíveis no ouvido (intraauriculares), adequados para diferentes graus de perda auditiva, bem discretos, que não afetam a vaidade”, explica a fonoaudióloga da Telex.

O fundamental é evitar que o indivíduo com perda auditiva seja exposto a alguma situação de perigo. Além disso, com a vida moderna e as várias opções de lazer e atividades físicas, o deficiente auditivo pode usufruir da tecnologia dos aparelhos auditivos disponíveis hoje em dia para voltar a ouvir e, deste modo, se relacionar bem com amigos e parentes. Na maioria das vezes, o uso do aparelho auditivo transforma a vida dos usuários, devolvendo a autoconfiança ao poder ouvir os sons do mundo ao redor.