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Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti podem causar aborto e parto prematuro

Mulheres que mesmo assim desejam engravidar, devem avaliar riscos com a família e médicos

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Segundo dados de uma revisão sistemática recém-publicada na revista científica "Lancet" não é apenas o vírus Zika que afeta a saúde dos bebês. De acordo com estudos desenvolvidos em vários países, inclusive aqui, a dengue e a chikungunya podem causar sérios problemas aos fetos já que uma gestante que contrai dengue na gravidez, por exemplo, tem 3,5 vezes mais chances de sofrer um aborto e quase duas vezes (1,7) mais riscos de o bebê nascer prematuro.

Segundo a obstetra e ginecologista de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler, a relação destes episódios com as contaminações  da dengue e chikungunya se dá porque durante a gestação o organismo se volta ao desenvolvimento do bebê, o que deixa a imunidade do corpo mais fraca e vulnerável aos transtornos causados pelos vírus, como por exemplo, sangramentos e problemas na placenta, gerando em alguns casos uma diminuição do fluxo sanguíneo que vai para o feto em fase mais adiantada da gravidez, diminuição/restrição do crescimento fetal e também o trabalho de parto prematuro

As mulheres que mesmo assim desejam engravidar, devem avaliar os riscos junto com a família e médicos. E aquelas que já estão grávidas é preciso realizar um pré-natal criterioso, usar repelentes, roupas compridas, instalar telas de proteção nas janelas, adiar viagens às regiões com surtos de doenças transmitidas pelo mosquito e evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho.