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Indústrias Farmacêuticas de capital nacional ampliam os investimentos em P&D, apesar da crise

Em 2015 foram investidos R$1,1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento

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Em 2015 foram investidos R$1,1 bilhão em P&D, superando o montante empregado pelas empresas no ano anterior em R$174 milhões.

As indústrias farmacêuticas de capital nacional ampliaram os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2015. A informação vem de um levantamento produzido pelo Grupo FarmaBrasil, entidade formada pelos laboratórios Aché, Biolab, Bionovis, Cristália, Eurofarma, Libbs, Hebron e Orygen.

No ano passado foram investidos R$1,1 bilhão em P&D, superando o montante empregado pelas empresas no ano anterior em R$174 milhões. Em 2014 o montante aplicado foi de R$1.014 bilhão.

De acordo com o presidente executivo do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, o impacto da alta do dólar na produção e a desaceleração no consumo pode comprometer um aumento nos investimentos em 2016.

“Nossa indústria utiliza matéria prima em dólar. O encarecimento da produção, incluindo o preço da energia e outros fatores negativos que tem afetado nossa economia, pode prejudicar um avanço nos investimentos em 2016. Ainda é cedo para afirmar se irão retroceder ou apenas ficarem estagnados neste patamar”, explica.

Por outro lado, Arcuri explica que os projetos de médio e longo prazo assumidos pelas empresas como a construção de uma plataforma industrial focada em biotecnologia farmacêutica para inicialmente nacionalizar a produção de biossimilares seguirão cumprindo cronogramas e metas. “Devemos ter nosso primeiro biossimilar nacional em 2018”, explica.

“Com uma série de patentes de produtos de biotecnologia farmacêutica de segunda geração entrando em domínio público até 2020, a indústria farmacêutica brasileira não poderá desperdiçar essa chance de absorver esse tipo de tecnologia”, analisa. 

Todas as associadas ao GFB já avançam nessa direção. EMS, Hypermarcas e Aché se uniram para criar a Bionovis, e Eurofarma e Biolab estruturaram a Orygen, as duas primeiras empresas brasileiras, de capital e controle nacional, que irão se dedicar exclusivamente à biotecnologia farmacêutica. 

Ambas as companhias anunciaram investimentos agregados da ordem de R$ 1 bilhão para ingressarem no novo segmento. Outras três associadas do GFB, Cristália, Libbs e Hebron, também desenvolvem projetos importantes ligados à biotecnologia.