Na avaliação da ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que assumiu notório protagonismo nas discussões da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-21), o projeto de acordo negociado deixa o Brasil "muito satisfeito". Neste sábado (12), após a divulgação do documento analisado por representantes de 195 países, ela afirmou que o texto "reflete todas as posições que o governo brasileiro defendeu".
De acordo com a ministra, entre os pontos defendidos pelo Brasil estão a limitação da alta das temperaturas a menos de 2°C, com o objetivo de chegar a um teto de 15°C; os recursos de US$ 100 bilhões anuais para ajudar países mais vulneráveis a se adaptarem às mudanças climáticas; e o novo mecanismo de mercado para limitar as emissões.
Para Izabella, o piso de ajuda aos países vulneráveis a partir de 2020 deverá se estender até 2025. "Depois dessa data, é preciso estabelecer os mecanismos financeiros. Não vejo nenhuma dificuldade nisso", disse.
A ministra também falou sobre a retirada da expressão "descarbonização" do documento final. O termo foi substituído por "neutralização do carbono". Na sua opinião, isso não prejudica "absolutamente nada" o projeto de acordo.
Ela ainda elogiou o resultado da COP-21, lembrando como é difícil se chegar a um consenso entre tantas nações. "Deu muito trabalho, não é um acordo trivial", afirmou, acrescentando que o texto está "muito balanceado".