O Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), em homenagem ao Dia Mundial do Diabetes, comemorado no dia 14, realizou, na quinta-feira (05), no Campo de Santana, no Centro do Rio, uma ação de conscientização quanto à importância dos cuidados com a saúde para prevenir a doença. Cerca de 600 pessoas foram atendidas durante o evento. A unidade também iluminou a fachada do Instituto de azul para alertar sobre o diabetes.
De acordo com a chefe do Serviço de Diabetes do IEDE, Rosane Kupfer, o número de casos de diabetes vem sofrendo aumento, anualmente, e deve ser uma preocupação de todos, sendo necessário o desenvolvimento de políticas efetivas que alcancem a população.
"É fundamental alertarmos quanto aos fatores de risco da doença e à importância da prevenção", afirmou a endocrinologista.
As pessoas foram atendidas pelos profissionais de saúde do IEDE, que prestaram informações sobre alimentação saudável e a importância de se equilibrar a ingestão de carboidratos, principalmente na dieta de uma pessoa diabética. Segundo o nutricionista do IEDE, Tiago Cabral, tanto o excesso quanto a falta deste tipo de alimento são prejudiciais para os índices de glicose no sangue.
A população também pôde fazer teste de glicemia, para verificar a taxa de açúcar no sangue, e receber orientações sobre a saúde dos pés que, em uma pessoa portadora da doença, pode levar à amputação, se não forem tomados os devidos cuidados. O evento teve o apoio da Drogaria Venâncio, que participou do edital de chamamento público para captação de patrocínio, realizado pela Fundação Saúde, que é a gestora do IEDE.
Mesmo não sendo portadora da doença, a aposentada Maria Iraci, de 62 anos, participou de todas as atividades e disse que a iniciativa do evento é importante para ensinar pequenas coisas que não são vistas como prioridade, no dia a dia.
"Foi interessante a orientação sobre os cuidados com os pés. Eu pratico atividades física, regularmente, e procuro me alimentar bem. Não tenho histórico de diabetes na família, mas é sempre bom prevenir", disse.
Já a aposentada Jaidete de Lima, de 55 anos, precisa tomar remédio para controlar o nível de glicose no sangue e seus pais são diabéticos, o que faz com que ela tome cuidados com a saúde.
"Não deixo de tomar a medicação. Ainda assim, ao fazer o teste, foi detectada alteração da taxa de glicose. Por sorte estou com médico marcado e verei isso", contou.
Números do Diabetes aumenta
O aumento do número de pessoas diabéticas no Brasil demonstra a importância da iniciativa do IEDE. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, atualmente, a doença atinge quatorze milhões de brasileiros, sendo 90% acometidos pelo diabetes tipo 2 e 10% do tipo 1. A Pesquisa Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o IBGE, também revela que as mulheres são as que apresentam maior proporção da doença: são 5,4 milhões contra 3,6 milhões de homens.
O diabetes é uma doença crônica metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. A principal diferença entre o diabetes 1 e 2 é que as pessoas que possuem o tipo 1 produzem pouca ou nenhuma insulina e aquelas que possuem o tipo 2 produzem insulina, mas esta não é suficiente para suprir a necessidade da pessoa ou é de baixa qualidade.
Entre os principais fatores de risco da doença estão o sobrepeso, a obesidade, o sedentarismo e fatores genéticos. Se não for tratado, o diabetes pode causar insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, doenças cardiovasculares, como AVC (derrame), e infarto.