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Nobel de Química vai para pesquisas sobre reparação do DNA

Descoberta pode levar a novo tratamento contra o câncer

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O sueco Tomas Lindahl, o americano Paul Modrich e o turco-americano Aziz Sancar foram anunciados como os vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2015 por suas pesquisas sobre o mecanismo de reparação do DNA, o que pode conduzir a novos tratamentos contra o câncer.

Os três foram premiados por terem "mapeado, a nível molecular, como as células reparam um DNA danificado e preservam a informação genética", o que pode ajudar a "desenvolver novos tratamentos contra o câncer", destacou o júri do Comitê Nobel.

"O trabalho dos cientistas proporcionou conhecimento fundamental sobre a maneira como funciona uma célula viva e é, por exemplo, utilizada para desenvolver novos tratamentos contra o câncer", anunciou a Academia Sueca de Ciências.

Sancar, 69 anos, nasceu em Savur, pequena localidade do sudoeste da Turquia, em uma família modesta de oito filhos.

Ele poderia ter se tornado um jogador de futebol profissional, já que foi convocado como goleiro para a seleção nacional juvenil, mas preferiu concentrar-se nos estudos.

Mais tarde estudou na Universidade do Texas, em Dallas, e atualmente é professor na Universidade de Chapel Hill (Carolina do Norte).

Lindahl, de 77 anos, estudou em seu país, mas atualmente trabalha na Grã-Bretanha, no Francis Crick Institute de Londres.

"Foi uma surpresa. Sei que após vários anos fui considerado para o prêmio, mas assim como outras centenas de cientistas", afirmou por telefone ao ser contatado pelo júri.

Modrich, nascido em 1946, e que obteve um Doutorado em Stanford (Califórnia), trabalha como pesquisador no Howard Hughes Medical Institute, perto de Washington, e é professor de Bioquímica na Universidade de Duke (Carolina do Norte).

Cada vencedor receberá um terço do prêmio de 8 milhões de coroas suecas ou  US$ 950 mil.

Por Denise de Almeida