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Em ranking de habilidades digitais, alunos brasileiros estão na lanterna

Indicador da OCDE avaliou 31 países; Brasil só ficou à frente dos Emirados Árabes e da Colômbia

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Em um ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que avaliou a habilidade de alunos de 31 países para navegar em sites e compreender leituras da internet, os brasileiros ficaram na antepenúltima posição, à frente apenas dos Emirados Árabes e da Colômbia. 

O relatório "Estudantes, Computadores e Aprendizado: Fazendo a Conexão", realizado no âmbito do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) da OCDE, é o primeiro estudo da organização que analisa as competências de estudantes no campo digital. 

Na outra ponta da tabela de classificação estiveram os alunos de Cingapura e Coreia do Sul, primeiros colocados do ranking, onde 70% e 42% dos estudantes, respectivamente, utilizam computadores nas escolas. As duas porcentagens estão abaixo da média dos países da OCDE, que é de 72%.   

O dado sugere que o acesso e uso frequente do equipamento tem menos influência no desenvolvimento da capacidade de navegação e leitura online do que um preparo básico de qualidade. Segundo o indicador apurou, a habilidade digital pode ser ensinada e adquirida através de ferramentas tradicionais.

"A leitura online solicita as mesmas competências que a leitura em papel. No entanto, é preciso acrescentar uma capacidade suplementar, que não é das menores: a de saber navegar entre páginas de texto e discernir as fontes pertinentes e dignas de confiança entre um número de informações aparentemente infinito", afirma a OCDE.

"Os sistemas escolares devem encontrar soluções mais eficazes para integrar as novas tecnologias no ensino e no aprendizado", conclui Andreas Schleicher, representante da direção de educação e competências da Organização.

Metodologia do estudo

Para avaliar as habilidades, os estudantes, que tinham uma média de 15 anos de idade, tinham de navegar por textos online através de links, atalhos e comandos de navegação para ter acesso à informação solicitada. Por fim, deveriam criar um gráfico a partir de dados ou utilizar calculadoras na tela do computador.

Os pesquisadores analisaram o número de etapas que cada aluno utilizava para buscar informações e também a capacidade delas para navegar de maneira focada na busca por determinados assuntos.